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Setembro 2013
PAINT & PINTURA
8º Fórum Abrafati da Indústria de Tintas acontece sob grande
expectativa
A Abrafati - Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas realizou, no dia 21 de agosto, no
Club Transatlântico, em São Paulo, o 8º Fórum Abrafati da Indústria de Tintas.
O evento contou com apresentações sobre temas importantes e
muito atuais para a cadeia de tintas, e iniciou com o discurso do
presidente-executivo da Abrafati, Dilson Ferreira. “Este fórum é a
oportunidade que o setor tem de parar por ummomento e refletir
sobre os acontecimentos, ambientes que estamos operando, as
influências que nos afetam, e decidir quais são as perspectivas e
o que, em conjunto como cadeia produtiva, podemos fazer para
tirar o melhor proveito da situação e garantir melhores resulta-
dos. É uma atividade em conjunto de empresas e associações de
classe, que combinadas maximizam a possibilidade de estarmos
contribuindo e trazendo bons resultados”, afirmou Ferreira.
O fórum seguiu com a palestra do economista Eduardo Gianetti, que falou sobre as “Perspectivas políticas e eco-
nômicas do Brasil”. “Eu não vejo perspectivas de mudanças do quadro atual a curto prazo, nós vamos continuar
nessa toada, não estamos na beira de um precipício, mas é uma situação difícil. Nós temos reservas cambiais,
mas ao mesmo tempo não vamos crescer, vamos continuar com um número fraco de crescimento; a inflação vai
continuar pressionada; o déficit em conta corrente se tornou um problema, ou seja, a curto prazo não podemos
sonhar muito. Porém, a médio prazo dependerá enormemente do que irá ocorrer com a macroeconomia e com as
eleições presidenciais de 2014”, declarou Gianetti.
Na sequência aconteceu a palestra “A indústria química e de matérias-primas essenciais para a indústria de tin-
tas”, proferida por Renato Pellici, da Braskem. Para ele o cenário petroquímico também não está muito favorável,
inclusive com o aumento do preço das matérias-primas no mercado. “Os solventes hidrocarbônicos seguem a dinâ-
mica do mercado de energia, bem como dos deficientes trade-offs da cadeia de aromáticos. A aguarrás, tolueno e
xilenos têm uma participação significativa na formulação de tintas e thinner. E apesar da tendência de low VOC,
a aguarrás e AB9 continuarão sendo utilizados em tintas e thinner pela sua relação custo benefício. No médio e
longo prazo haverá um ajuste natural do consumo de tolueno e xilenos na indústria de tintas para a indústria de
fibras poliéster”, revelou Pellici.
Já Paulo Safady Simão, presidente da CBIC - Câmara Brasileira da Indústria da Construção, falou sobre as “Pers-
pectivas da indústria da construção civil”. “Os programas de infraestrutura logística e energética devem elevar os
investimentos, a atividade do setor e melhorar a competitivi-
dade nacional. A construção segue fundamental na elevação
do investimento e do desenvolvimento sustentável”.
Em seguida, Antonio Carlos de Oliveira, presidente da Axalta
Coatings Systems, ministrou a palestra “Os desafios à produ-
ção e venda de tintas automotivas”. “No macroambiente o céu
não é mais de brigadeiro, e a capacidade de manutenção dos
incentivos pelo governo vai ser cada vez menor, pois o gover-
no não pode mais suportar essa dependência. Temos muito
trabalho para confirmar o potencial a longo prazo. A falta de
competitividade para o aumento de conteúdo local, a mobili-
Dilson Ferreira, presidente-executivo da Abrafati