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biocidas
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| Paint&pintura | Novembro 2013
Na opinião de Oliveira, da Polyorganic, a utilização de um
sistema de conservação “in-can”, o qual é muito explorado
pelomercadode tintas, aeficáciadobiocidaea sinergiacom
os componentes da formulação são fatores imprescindíveis
paraosucessodomesmo. “Por essemotivovários testesde
compatibilidadeetestesmicrobiológicossãorealizadosafim
de se verificar a influênciadobiocida emcada tipode formu-
lação. Cabe lembrar quedevidoaoaumentoda utilizaçãode
sistemas base água, que são via de regramais susceptíveis à
contaminação em relação aos sistemas solventes, a preocu-
pação emutilizar biocidas de alta performance aumentou e
por esse motivo a verificação da performance do mesmo é
fator decisivo na escolha do biocida ideal.”
Adriana, da Thor, explica que os biocidas são aditivos que
devem ser adicionados em baixa concentração nas tintas,
porémemquantidadesuficienteparapreservá-lasconforme
oferecidoaomercadopelofabricante.“Nãopodemimpactar
em alterações na formulação, como cor, viscosidade, odor
etc. Os bactericidas devemser omais solúvel possível e com
maior espectrode ação contra bactérias e leveduras, combi-
nandoaçãorápidaede longaduraçãoparamelhorpreservar
a tinta na lata. Os fungicidas e algicidas devem ser pouco
solúveis, pois suaação, que seconcentranofilme seco, deve
ter boa estabilidade à temperatura, luz, baixa toxicidade, e
dependendodotipo,podemser lixiviadosaomeioambiente.
Todoselesdevemterbaixoimpactoambientalehumano,be-
neficiando todaacadeiaondeéutilizado, atéoclientefinal.”
Inovações
O biocida ideal deve ter um efeito rápido, pois muitas
matérias-primas são suscetíveis à contaminação. “Alémdisso, ser
compatível comaformulação,principalmenteaminas,poismuitas
dessas aminas inativamos biocidas, e tambémnão devemalterar
as propriedades dos produtos, como, por exemplo, no caso das
tintas, acor, aviscosidadeeacobertura”, salientaBrenda,daDow.
As últimas inovações apresentadas pela Ipel são a introdução de
produtos totalmente naturais extraídos de plantas e vegetais por
processos sustentáveis. “Nossa linha Olus garante a proteção de
formulaçõesderevestimentonoestadoúmido.Esta linhacombina
extratosvegetais,bioflavonoidesederivados terpênicosdeforma
a criar condições adversas ao crescimento e multiplicação dos
microrganismos. Também temos como novidade a linha 6000 de
produtosqueconferemàsuperfíciedetintasaplicadascaracterísti-
casderepelênciaa insetos, tantoderastejantescomovoadores.O
efeitoderepelêncianãoéumaaçãoinseticida,oprodutonãomata
os insetos, apenas cria condições desfavoráveis para os insetos e
estes não permanecem no local. Dando como um exemplo uma
casa pintada com tintas que contenham estes produtos, e com
produtosde limpezaque tambémutilizemestesprodutos, vamos
evitarqueos insetosentremnacasa,ficandonoseuperímetro.Esta
açãorepelentemantémos insetosafastadoseacabaevitandoum
grande número de doenças”, revela Leite, da Ipel.
Forastieri, da Lonza, afirma que as tintas antimicrobianas são as
últimas inovaçõesdomercado. “Nossosprodutosda linhaOmadi-
ne possuem, alémda ação fungicida e algicida, a ação bactericida
superficial que proporciona o efeito antimicrobiano para a tinta
também chamada de ‘antibactéria ou higiênica’. A Lonza é líder
nessemercado, tendotrazidoesseconceitoparaoBrasil háanos.”
Marcia, daClariant, destacaqueas inovaçõesestãovindopor dife-
rentes tecnologias de encapsulamento ou adsorção de ativos em
Elton Inácio de Oliveira, engenheiro químico e
coordenador de vendas e marketing da Polyorganic
Eduardo Oliva, coordenador da área de insumos e
fracionados diversos da UniAmerica