Page 56 - 184

Basic HTML Version

solventes oxigenados
56
| Paint&pintura | Dezembro 2013
fontes renováveis de carbono, oriundas da cana de açú-
car”, explica o gerente de negócios de Paints&Coatings
da Oxiteno.
Sérgio Rubio, do suporte técnico, marketing e novos
negócios da quantiQ, observa que, devido à crescente
necessidade de substituição dos solventes aromáticos e
produtos combaixoVOC, novas alternativas demoléculas
têmsurgido nomercado nos últimos anos. “Acreditamos
que esta tendência continuará em 2014”, avisa.
Os solventes produzidos no Brasil pela Rhodia, empresa
do Grupo Solvay, são destinados a diferentes tipos de
tintas e vernizes, com destaque para as tintas indus-
triais, tintas automotivas, tintas e vernizes para couro
e madeira e tintas de impressão de embalagens. “Entre
os principais benefícios que os solventes oxigenados
conferemàs tintas estão omelhor ajuste à viscosidade da
tinta, adequado para as condições de aplicação, emelhor
qualidade à resistência química e mecânica do filme da
tinta e sua melhor aparência ao final da evaporação”,
explica Antonio Leite, diretor de solventes da área global
de negócios Coatis, do Grupo Solvay.
Ainda de acordo comLeite, a principal tendência é o avan-
ço na linha de produtos sustentáveis, aproveitando-se a
capacidade brasileira de geração de matérias-primas de
fontes renováveis a partir da biomassa de cana de açúcar
e da glicerina derivada do biodiesel. “Esses são os casos
do bio-n-butanol, umprojeto que a Rhodia está desenvol-
vendo junto com a empresa de biotecnologia GranBio, e
da linha de solventes Augeo”, completa.
Na opinião de Victor
Luis Maluf Amarilla,
diretor técnico e de
marketing da Kal im
Chemical, as tintas ar-
quitetônicas base óleo,
bem como as tintas
industriais, têm nos
solventes oxigenados
uma maior utilização
do que os sistemas
base água ou mesmo
alto sólidos e pó. “Usu-
ário de tintas no Brasil
é extremamente resis-
tente a mudanças nos
sistemas solventes, prin-
cipalmente ao odor des-
tas, oferecendo resis-
tências aos carbonatos
leves e médios que são
solventes que podem
resultar de captação
de CO2 da atmosfera,
tornando-os importan-
tes no balanço de emis-
sões de gases de efeito
estufa. Os solventes pe-
sados, derivados de soja
e os ésteres de éteres
glicólicos, também são
eficientes, porém sofrem resistência a solventes mais baratos
e sistemas mais simples e conhecidos. Estas são as principais
linhas de inovação que poderiam trazer benefícios ao planeta
e que não têm tido a adesão necessária para sua utilização”,
argumenta Amarilla.
Rodrigo Gabriel, diretor de desenvolvimento da Carbono, fala
que os solventes oxigenados são amplamente utilizados em
tintas gráficas, normalmente álcoois. Cada solvente transfere à
tinta a propriedade de poder de solvência e taxa de evaporação
necessária, não especificamente uma vantagemcaracterística
do solvente oxigenado que não possa ser encontrada em
algum outro solvente. “Normalmente a equação custo e per-
formance desejada é o que o cliente procura e, dependendo
da situação demercado, uma ou outra linha conferirá amelhor
relação. Depois disso apurado, a decisão de mudança de for-
mulação é uma variável a ser estudada pelo cliente, pois ela
não é isenta de custo ou adaptações. Este mercado está cada
vez mais trabalhando com misturas entre álcoois e ésteres,
buscando performance e custo. A introdução destas misturas
é cada vez maior e deve se intensificar para 2014”, avalia o
diretor de desenvolvimento da Carbono.
Sustentabilidade como meta
Para Gabriel, o consumo de solventes oxigenados aumentou
devido aos quesitos ambientais, mas ressalta que é preciso
claramente definir o que é um produto ambientalmente cor-
reto. “Seria umproduto combaixa toxicidade? Biodegradável?
Não agressivo ao manuseio humano? Oriundo 100% de fontes
Hugo Gardelli, gerente de negócios
de Paints&Coatings da Oxiteno
Sérgio Rubio, suporte técnico,
marketing e novos negócios da quantiQ