Revista Paint & Pintura - Edição 234

EMBALAGENS METÁLICAS 56 | PAINT&PINTURA | Julho 2018 sas até 2050 teremos mais plástico nos oceanos do que peixes, isso é muito preocupante.” Já Rocha, da Metalgráfica Renner, ressalta o prolongamento da crise política e econômica que contribui para prejudicar a competitividade da indústria. “Isso leva ao adia- mento de projetos de ampliação de capacidade, lançamento de novos produtos e a não realização de obras de infraestrutura. Essa combinação e o forte aumento de custo com a acentuada queda da demanda estão tendo um impac- to muito negativo nos resultados financeiros e na competitividade do setor. Apenas para o médio e longo prazo há oportunidades e perspectivas, que continuam sendo animadoras. O mercado de tintas no Brasil é muito forte, competitivo e apresenta inúmeros desafios, adicionado a isso nossa extensão territorial e diversidades, como costumes culturais e diferen- ças climáticas exigem habilidade e expertise dos fabricantes de embalagens para atuação neste setor. Estamos atentos em relação aos desafios, que representam grandes oportunidades relaciona- das à sustentabilidade, qualidade e inovação. Para este ano, nossa expectativa se mantém positiva. Esperamos encerrar o ano com crescimento, mas ainda é difícil estabelecer um número, vai de- pender muito dos resultados mês a mês no segundo semestre.” Na visão de Ronaldo Pires Martins, diretor comercial da Novalata, os desafios enfrentados são severos. “As constantes altas de insumos e matérias-primas, a inflexibilidade de alguns fornecedores, e a agressividade de produtos alternativos de qualidade inferior enocivos aomeioambienteeque fazem marketing mentiroso, são alguns deles. Danossaparte, seguimosnossapo- líticade relaçãocusto-benefícioacessível, lançando sempre novidades e trabalhan- do a conscientização ambiental.” Para Vicente Lozargo Filho, presidente da Cerviflan, o desafio é a entrada de outros materiais na produção de emba- lagens, não que isto não aconteça sem- pre, porém percebe-se que o apelo de atributos destacados, como resistência, economia ou mesmo sustentabilidade, são frágeis e o mercado sente logo após implantação. “A concorrência em qualquer segmento é a forma mais sau- dável demanter omercado atualizado e abastecido. Para as empresas, incluindo a Cerviflan, o único caminho é a informa- ção clara e precisa.” EMBALAGENS INOVADORAS Omercado finalmente temsemostrado aberto às novas ideias. A Novalata, por exemplo, lançou a empilhadinha de 16 litros quadrada e auto-empilhável; e também a primeira lata retangular de 18 litros empilhável da história do mer- cado, revelaMartins. “Estamos também com a linha de 1/32gl (150 e 125ml) e o Quarto FT 2.0, um conceito totalmente novo em fechamento, patenteado, e a única embalagem metálica capaz de resistir à agressividade do verniz PU e silicone líquido. Não vaza nenhum destes produtos. Vale ressaltar que hoje nosso carro chefe são as latas de 18 litros homologadas para transporte terrestre e marítimo de produtos perigosos; as latas de 3,6 litros; e toda a linha de latas paramassa plástica e cera automotiva.” A Cerviflan sempre foi pioneira na implantação de diversas tecnologias, segundo Lozargo Filho. “Isto acontece desde 1982 com o uso da solda eletrô- nica e se estende até hoje, tendo como resultado a fábrica mais inovadora e altamente tecnológica no segmento de aerossóis. No segmento de produ- tos químicos apresentamos os baldes homologados de 18 litros e 20 litros, que atendem as legislações atuais de transportes perigosos. Mas é o setor der tintas quem sinaliza as necessidades e a Adriano Marson, diretor comercial da CMP Valério Prado, marketing da Brasilata

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