Revista Paint & Pintura - Edição 234

SISTEMAS TINTOMÉTRICOS PAINT&PINTURA | Julho 2018 | 63 cores e combinações simplesmen- te explodiu, trazendo um novo universo para os consumidores, decoradores e arquitetos, geran- do possiblidades de simulação de cores eletronicamente em todos os tipos de aplicativos.” DEMANDA Asmontadoras de automóveis, em um ambiente mais competitivo, inclusive com novas fábricas e facilitaçãoda importação, estão so- fisticando seus lançamentos, com modelos variados e multiplicidade de oferta de cores, explica Rácz. “A predominância dos tons de prata, preto e branco continua, mas com muitas variações e praticamente sem repetição de cores específicas por mais de dois anos. Essa multi- plicidade da oferta de cores, com incidência crescente de metálicos e perolizados, está favorecendo a volta da utilização de máquinas de mistura nos pontos de venda e consumo, uma vez que ficará impossível se trabalhar com mui- tas centenas de cores prontas na cadeia de distribuição de tintas.” Projeta-se que emcinco anos o uso de cores misturadas fora das fábri- cas passará a ser próximo a 60%, invertendo a situação atual, prevê Yamaga. “E ao final da década de 2020, o nível ultrapassará para 80% - mantida a situação competitiva entre as montadoras de automó- veis e com a entrada crescente de veículos importados. O desafio constante para os fabricantes do sistema é a disponibilidade de um banco de fórmulas de cores atuali- zado e global, para atingir os níveis de prestação de serviço para uma frota de veículos cada vezmais diversificada.” ParaMartinho, hoje amaioria das lojas e fábricas já possuem o sistema tintomé- trico, porémaindamuitas lojas e fábricas de pequeno porte não possuem. “Tínha- mos como referência os Estados Unidos e Europa que já tinham o sistema, onde muitos aderirame outros não. Na época, prevíamos que as grandes oficinas iriam dar um salto muito grande, com ganho de produtividade, e a mesma coisa as lojas, principalmente, porque não iriam mais estocar muitas cores. Mes- mo assim, já prevíamos que nem todo mundo iria aderir ao sistema, devido ao seu custo. Uma máquina é cara, assim como a balança e o espectrofotômetro. Apesar disso, imaginava que, hoje, já estaria mais avançado, pois o mercado de veículos cresceu, entraram várias montadoras, cores diferenciadas, peroli- zadas, metálicas etc. Enfim, quemainda não aderiu perde a chance de ganhar dinheiro, pois entram novos carros e o leque de cores continua aumentando. Com esse sistema, as lojas e oficinas se diferenciam no mercado, além de ganhar em produtividade e tempo. O sistema todo é uma evolução muito grande e que traz inúmeros benefícios. É uma tecnologia muito avançada.” O desafio das indústrias de tintas está em acompanhar a evolução deste gran- de número de cores, com pigmentação sofisticada e variável. “Na ponta do consumo de tintas de reparação, nas oficinas, a volta do uso mais intenso de cores misturadas em máquina, com mais recursos digitais, irá favorecer a melhoria dos processos, a redução de desperdícios, redução de emissões de vapores e partículas, com benefícios amplos ao usuário e ao meio ambiente. Outros impactos também vindos da digitalização do setor serão a interação interconectada das máquinas automa- tizadas e os pontos de uso para repara- ção, reduzindo tempo e custos de repa- ração. Será inevitável para a flexibilidade e agilidade dos serviços que toda oficina média e grande trabalhe com mixing machine em suas próprias instalações, já na próxima década”, conclui Yamaga. Francisco Rácz, sócio da Rácz, Yamaga & Associates Washington Yamaga, sócio da Rácz, Yamaga & Associates

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