Revista Paint & Pintura - Edição 235

SOLVENTES HIDROCARBÔNICOS PAINT&PINTURA | Agosto 2018 | 57 m setor bastante maduro, com- petitivo e que passou por impor- tantes mudanças nas últimas dé- cadas é o de solventes hidrocarbônicos. Provenientes de fontes não renováveis (petróleo), esse tipo de solvente evoluiu bastante, principalmente nas questões ambientais. “Desde a restrição no uso doBenzeno, solvente comexcelente po- der de solvência, mas comprovadamen- te carcinogênico, e a sua substituição pelo tolueno e xileno. Houve também a introdução de solventes hidrogenados, com qualidade diferenciada para aten- der ummercado cada vezmais exigente. No caso dos solventes alifáticos, há um aumento da especialização dos produ- tos, com a criação de solventes com faixas de destilação reduzidas e otimi- zados para cada aplicação. A crescente demanda pelo aumento da segurança nas operações motiva a utilização de aditivos antiestáticos, tradicionais no mercado de aviação”, informa Ricardo Oliveira, profissional de suporte técnico substituição ainda é pouco efetiva pela grande competitividade do solvente hidrocarbônico em rela- ção às outras alternativas, ressalta Maranho Neto. “Alguns exemplos são os esmaltes, primers e verni- zes à base de resinas alquídicas, uma tecnologia ainda bastante utilizada emvários segmentos. Em linhas gerais, a boa performance de solvência dos hidrocarbônicos, principalmente dos aromáticos, associada ao custo competitivo im- pede que a substituição ocorra de forma mais acelerada na indústria de tintas. Nesse quadro, é difícil prever o futuro dessa linha.” CENÁRIO ATUAL Por se tratar de um mercado bem maduro, o consumo dos solven- tes hidrocarbônicos alifáticos e aromáticos vem se mantendo estável e, em alguns casos, até com redução de demanda, já que alguns clientes vêm indicando restrições às atuais especificações da Petrobras Distribuidora. Atualmente, omercado de solventes hi- drocarbônicos demanda fortementepor produtos seguros e comaspectoneutro, ressaltaOliveira. “Oaspecto do produto inclui tanto a sua cor, como o seu odor, e podemser bastante subjetivos e difíceis de determinar com precisão por meio de análises químicas. Os solventes que comercializamos passam por processo de hidrotratamento e são reconhecidos por atenderem aos mercados mais exi- gentes a custos competitivos. No quesi- to segurança, oferecemos os solventes com aditivo antiestático que possuem condutividade elétrica aumentada, o que previne contra incêndios que po- deriam ser causados pelo acúmulo de eletricidade estática.” Os solventes hidrocarbônicos, em princípio, são usados em grande parte das formulações de tintas. Mesmo que não entrem como solventes ativos, podem ser utilizados como diluentes para diminuir os custos da formulação, explica Luiz Maranho Neto, gerente de Unidade de Negócios - Tintas, Adesivos e Construção Civil da quantiQ. “A boa capacidade de solvência e baixo custo são os principais diferenciais em rela- ção às outras alternativas de solventes. Existe uma tendência de substituição da linha de hidrocarbônicos no futuro - migração de tinta base solvente para tecnologia base água, sensivelmente já percebida em tintas decorativas. Migra- ção de tinta base solvente aromático para alternativas ‘mais sustentáveis’, ou seja, utilização de solventes oxigenados, alifáticos hidrogenados e, também, formulaçõesmenos tóxicas, commenor ou mesmo isentas de aromáticos, e até biodegradáveis.” Entretanto, para algumas tecnologias, a U Fernando Rosa, gerente técnico da Aromat Marcus Barranjard, gerente de mercado e produto da Bandeirante Brazmo

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