Revista Paint & Pintura - Edição 235

SOLVENTES HIDROCARBÔNICOS 58 | PAINT&PINTURA | Agosto 2018 destes produtos disponíveis no Brasil, informa Marcus Barranjard, gerente de mercado e produto da Bandeirante Brazmo. “O mercado vem demandando produtos com baixo VOC, odor, baixíssimo teor de aromáticos e não inflamáveis. Em muitas destas aplicações, é possível a utilização dos solventes alifáticos hidrogenados, linha de produtos que a Bandeirante dis- tribui da empresa francesa Total.” No momento atual, o mercado sofre com as variações de preços, consequência da recuperação do preço do petróleo aliado às varia- ções cambiais, afirma Oliveira, da Petrobras Distribuidora. “Embora essa seja uma dinâmica que o mer- cado está sujeito, existe uma difi- culdade de repassar os aumentos na cadeia até o consumidor final, o que tem dificultado a recuperação do setor. Estamos trabalhando em otimizações logísticas e em cons- tante diálogo com os clientes para encontrar soluções criativas que tragam ganhos para o negócio.” Fernando Rosa, gerente técnico da Aromat, ressalta que os solventes hidrocarbônicos têm relevante participaçãona indústria de tintas e thinner hámuito tempo. “Os hidro- carbonetos alifáticos continuam muito utilizados nomercado de tin- tas imobiliárias, apesar da crescen- te tendência de desenvolvimento de tintas base água. Os solventes ainda cumprem um papel muito importante neste segmento e com a evolução na qualidade desses solventes, tais como redução de odor, coloração, além de redução nos níveis de benzeno residual, que ainda são opções importantes. Os hidrocarbonetos aromáticos por sua vez atendem largamente os mercados de tintas automotivas industriais, adesivos e thinner, mercados tradicionais a estes produtos. Vale ressaltar, que como toda matéria-prima para o mercado de tintas, os solventes também estão sofrendo efeitos negativos por conta da baixa atividade econômica do país, e perdas de volumes nos principais mercados de atuação. Por outro lado, como são matérias-primas essenciais e primárias para a produção de tintas e correlatos, conseguimos manter bons resultados buscando novos clientes e campos de atuação.” Rodrigo Gabriel, diretor desenvolvimen- toda CarbonoQuímica, tambémressalta queesteéummercadobastantemaduro e de crescimento vegetativo. “Tem um forte apoio em preços baixos e grandes escalas. Nos últimos anos, basicamente acompanha o crescimento do PIB bra- sileiro. Saímos de soluções com maior toxicidade para as de menor toxicidade comparativa ao longo dos últimos 15 anos. Trata-se de uma tecnologia de produto bem estabelecida, mas que para várias aplicações ainda é a melhor soluçãocusto-benefíciodomercado. Não requer altos investimentos emaplicações de uso dos solventes e traz benefícios palpáveis para quem os utiliza.” Gabriel conta também que existem de- safios a serem enfrentados neste mer- cado. “São desafios de manutenção da tecnologia de produto frente aos seus substitutos. Não propriamente substi- tutos do solvente hidrocarbônico em si, mas da base tecnológica dos produtos finais, que aos poucos vem mudando a suamatriz. Não é umamudança compa- drão linear, pois vez por outra retorna-se ao básico para solucionar problemas de uso ou de custeio. O que a Carbono procura fazer émesclar matérias-primas que possam ser utilizadas em conjunto com o solvente e que juntas tragam um ganho maior para quem utiliza.” NOVOS DESENVOLVIMENTOS O mercado de tintas vem buscando solventes com menos odor e ambien- talmente corretos, como produtos que Ricardo Oliveira, profissional de suporte técnico da Petrobras Distribuidora Rodrigo Gabriel, diretor desenvolvimento da Carbono Química

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