Revista Paint & Pintura - Edição 237

SURFACTANTES PAINT&PINTURA | Outubro 2018 | 43 s características dos surfactantes estão diretamente ligadas à sua natureza química. Atualmente, existem diversas tecnologias de surfac- tantes, sendo que cada uma oferece um tipo de atributo à formulação das tintas e vernizes. Os principais requisitos que devem ser levados em conta na escolha de um surfactante são: nivelamento, umectação de substrato, estabilização de espuma, adesão entre camadas e slip ou deslizamento superficial. “Todas es- tas características estão presentes nos surfactantes, que dependendo de sua natureza química, podem variar estas características paramais ou paramenos nos revestimentos”, declara Marlon Braidott, consultor técnico de Aditivos da BASF para a América do Sul. Entre os desafios desse mercado estão o desenvolvimento de insumos cada vez mais eficientes em sua aplicação e desempenho, mas que afetem cada vez menos o meio ambiente em todo seu ciclo de vida. Além disso, oferecer características voltadas a necessidades específicas também exige esforços constantes, afirma Regina Kawai, ge- rente de negócios da linha Coating Additives da Evonik. “Muitos processos industriais aplicam revestimentos em altas velocidades, criando grandes áreas superficiais com muita rapidez. Os sur- factantes precisammigrar rapidamente para essas novas interfaces para que se obtenha uma umectação uniforme do substrato. Processos dinâmicos reque- rem baixa tensão superficial dinâmica. Aliado ao desempenho técnico, os for- muladores buscam soluções amigáveis aomeio ambiente, uma forte tendência também na categoria de surfactantes.” Para Fabiana Marra, Head de negócios globais de Coatings da Oxiteno, apesar da maturidade do mercado de tintas e revestimentos, as mudanças regulató- rias e de segurança trazem avanços nas formulações emtodosos subsegmentos. “O principal desafio do formulador de tintas é acompanhar essas mudanças e entregar umprodutofinal de altopadrão para um consumidor cada vez mais exi- gente e consciente. Esses desafios nos estimulam a desenvolver surfactantes que, alémde atender tendências regula- tórias, agregam valor no processo e no produto final. Em tintas imobiliárias, por exemplo, a consolidação da tecnologia baseágua trazdesafios de competitivida- de e performance que são endereçados no portfólio de aditivos da Oxiteno.” TENDÊNCIAS Aliado à performance e ao custo destes surfactantes, hoje as empresas dão grande importância às necessidades de sustentabilidade do produto, como por exemplo, os surfactantes aniônicos APEO Free que mantêm a performance dos umectantes etoxilados sem trazer riscos ao meio ambiente, informa Brai- dott, da BASF. “Para averiguar a impor- A tância do aspecto de sustentabili- dade como um valor estratégico da BASF, basta consultar o recém- -publicado relatórioAmérica do Sul 2017, disponível nowebsite da em- presa. Em 2017, a BASF recebeu 25 reconhecimentos na regiãopor sua atuação em inovação e sustenta- bilidade, concedidos por clientes, imprensa e diferentes instituições. Entre eles, estão o Guia Exame de Sustentabilidade, Época - Empresa Verde e Valor Inovação. Alémdisso, após ser a primeira indústria quími- ca no Brasil a receber a certificação internacional ISO 50001 para três plantas em2017, agora a BASF rece- be amesma certificação, que é uma dasmais importantes do segmento energético, para todas as unidades produtivas do Complexo Químico de Guaratinguetá, incluindo as áreas de infraestrutura e logística. Essa conquista indica que a BASF melhorou significativamente seu desempenho energético e ilustra o foco da empresa emmelhoria con- Marlon Braidott, consultor técnico de Aditivos da BASF para a América do Sul Andréia Kobal Campos de Carvalho, química da BYK

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