Revista Paint & Pintura - Edição 243

EMULSÕES PAINT&PINTURA | Maio 2019 | 33 Comalta competitividade, o segmentode emulsões vema cada dia inovando e agregando características em sua utilização. O mercado procura produtos que tragam, principalmente alta resistência à abrasão para as tintas formuladas, aliada a resistência à água e ampla versatilidade no seu portfólio, de forma a reduzir a complexidade de produção. “No curto prazo, identificamos que o mercado continua buscando soluções inovadoras e de alta performance, que melhorem o custo-benefício das formulações atuais e aumentem o ren- dimento final da tinta. No médio e longo prazo acreditamos que ganharão destaque as dispersões que promoveremnovos atributos, permitindo agregar valor à tinta, como ‘early rain resistance’ e baixa adesão de sujeira (dirt pick-up resistance); além das características de sustentabilidade, como conteúdo de matérias-primas renováveis”, informa Caroline Reggiani, química para Dispersões da BASF. As inovações são sempre bem-vindas, entretanto o custo de novas tecnologias é bastante ponderado pelos fabricantes em qualquer novodesenvolvimento, principalmente, no segmento arquitetônico, ressalta Arlene Kita, gerente técnica e de ma- rketing para América Latina da Lubrizol. “Notamos recentes evoluções significativas do desempenho de tecnologias aquo- sas em sistemas de maior demanda por desempenho, como tintas industriais, porém as aplicações de sistemas aquosos neste tipo de tintas ainda estão muito restritas a nichos. Quando existe uma demanda por substituição de sistemas tradicionais por aquosos, percebemos que são muitas vezes motivadas por questões de saúde do trabalho, redução de custo do processo e facilidade do manuseio da nova tecno- logia. Vemos algo semelhante acontecendo com as tintas de impressão, onde a tecnologia base água sempre estevemuito restrita a impressão em papel, e já se discutem desenvolvi- mentos aquosos para aplicações em sistema rotogravura para embalagens flexíveis, em substituição a tradicional tecnologia base nitrocelulose solvente.” Existemaomenos duas perspectivas para seremconsideradas na avaliação do momento atual do segmento de emulsões, segundo Ismael Corazza, gestor comercial da Manchester Química. “De um lado houve pequena evolução técnica em relação aos tipos de polímeros disponíveis no mercado. De outro, ocorreram avanços técnicos fantásticos em direção ao aumento de competitividade dos fabricantes de emulsões acrílico estirenadas, por meio da automatização de produção, aprimoramento logístico para aquisição dasmatérias-primas e tambémbalanceamento e desenvolvimento das formulações das resinas. Isto significa que o mercado, talvez, já tenha atin- gido o seu ponto mais alto em relação ao desenvolvimento das emulsões acrílico estirenada, entretanto, temos muito espaço para evoluir no aspecto tecnológico das emulsões de alto desempenho para a indústria de tintas no Brasil, pois o mercado de especialidades ainda deverá ser explorado com maior intensidade pelos fabricantes de tintas e fornecedores de resinas.” Caroline Reggiani, química para Dispersões da BASF Arlene Kita, gerente técnica e de marketing para América Latina da Lubrizol

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