Revista Paint & Pintura - Edição 243

EMULSÕES 34 | PAINT&PINTURA | Maio 2019 EVOLUÇÃO DO SETOR Nos últimos anos, houve uma grande evolução na indústria de tintas brasileira, que se preparou para atender demandas dos mercados internos e, também, internacionais. “Pesquisa e inovação receberam um grande aporte de investimentos, deixando o setor atualizado e seguindo as principais tendên- ciasmundiais. Omercado brasileiro de tintas oferece produtos de qualidade superior e ambientalmente corretos, onde os principais players do mercado, nacionais e internacionais es- tão presentes, aportando alta tecnologia e inovação. O setor tem crescimento seguindo o PIB brasileiro, acompanhando as elevações e crises do mercado”, analisa Ricardo Gouvea, gerente de vendas da Wacker. Já Caroline, da BASF, salienta que o segmento é muito competitivo, principalmente nas dispersões de uso geral. “A concorrência acirrada entre os fabricantes de tintas, que sofrem alta pressão nos preços e margens, estimula também a concorrência entre fornecedores. Exige-se constante reno- vação das dispersões para atender aos requisitos de custo e desempenho, sobretudo no segmento de tintas imobiliárias, onde o consumidor final temmenor entendimento das carac- terísticas e do impacto do produto final, mas muitas vezes toma decisões com base em preço.” Emerson Victor, analista químico de P&D da Solven, ressalta que a principal aplicação de emulsão de parafina é o setor de processamento de madeira, seguido da área de tintas, papel, construção civil e têxtil. “O setor de tintas à base d’água no Brasil tem crescido gradativamente. Com isso, o mercado de emulsões à base de parafina tem crescido junto. Como sabe- mos, o Brasil está entre os 10 maiores produtores de tintas imobiliárias para edificações no mundo e com essas perspec- tivas a Solven tem se comprometido a desenvolver novos materiais com qualidade, inovação e que sejam competitivos no mercado.” O perfil dos clientes tem se modificado, nos últimos anos, segundo Joiceline Aparecida Hack, química de aplicações da Stahl. “Observo que a procura por soluções convencionais de baixo custo aos poucos temdado espaço para a demanda por produtos com ampla funcionalidade e desempenho superior. Também é notável o crescimento pela solicitação de soluções ‘eco-friendly’ e a preocupação das empresas emse adequarem às legislações internacionais a respeito da regulamentação sobre o uso de substâncias restritas.” Na opinião de Denis de Almeida Luciani, coordenador do la- boratório da Arkema, o segmento de emulsões para tintas no Brasil tem um excelente potencial de crescimento e de ofere- cer mais qualidade para omercado. “Estamos evoluindo nesta linha, ainda que tímidamente, junto aos órgãos competentes. Acreditamos no crescimento de tintas com mais qualidade a serem oferecidas ao mercado brasileiro, considerando os avanços no controle de qualidade das tintas.” SUAS CARACTERÍSTICAS Na verdade cada substrato e cada tipo de aplicação irão demandar características específicas, mas de maneira geral existe uma preocupação em aprimorar continuamente a qualidade, durabilidade e desempenho do revestimento. “Por esta razão, é importante que as emulsões ofereçam ao revestimento elevada resistência química, resistência à abra- são, alta permeabilidade, resistência à intempéries, proteção anticorrosiva, pois estes são requisitos bastante valorizados pelos clientes. Além disso, a própria emulsão deve ser fácil de manipular (viscosidade adequada), estável (não formar fases), ter longo shelf life e ser isenta de odores (ou possuir baixo odor)”, destaca Joiceline, da Stahl. O segmento está cada vez mais exigente com a qualidade das emulsões, salienta Adriano Petrone, sócio diretor - Filial Nor- deste da Wana Química. “O Programa da Abrafati impõe essa melhoria para atender as normas técnicas, na qual enxergamos Reinaldo Sampaio, gerente comercial para América Latina da Lubrizol

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