Revista Paint & Pintura - Edição 245

ENTREVISTA PAINT&PINTURA | Julho 2019 | 17 incorporar e, por conseguinte, acaba sendo um dos países onde tem a menor taxa de inovação e a menor presença de produtos de maior qualidade, mesmo comparado com Chile e México. Nós não temos muita qualidade como poderíamos ter no nosso portfólio e isso acaba sendo uma oportunidade de geração de valor, pois tenho certeza que consumidores, clientes e pintores estariam dispostos a investir mais para ter um resultado melhor. A nossa estratégia passa por criação de valor para toda a cadeia e umgrande ‘motor’ disso é inovação. Nos últimos anos, temos acelerado muito o nosso ritmo de inovação com foco em tinta premium. Aceleramos muito a porcentagemde produtos no nosso portfólio. Antes, lançáva- mos umproduto a cada umou dois anos, agora lançamos dois grandes produtos por ano. Aceleramos bastante esse processo de novos produtos e estamos vendo uma boa resposta do con- sumidor e domercado. Crescemos emvolume, principalmente, no segmento de tintas premium, sendo que essa categoria de tintas decorativas no Brasil encolhe e diminui cada vez mais. Mas nós tambémapresentamos crescimento emvolume. Isso é uma resposta à inovação de produto. Tambémexiste um investimentomuitogrande na nossamarca, pois acreditamos que não adianta trazer produtos diferencia- dos, se não existe investimento. O investimento na categoria de tintas, falando de consumidor final, como pintor, loja, tinha caído muito nos últimos anos. Os líderes de investimento em mídia no Brasil não eram os grandes fabricantes, ao contrário do que se pode imaginar, porém isso agora mudou. Estamos investindo bastante, inclusive estamos no meio da comunica- ção da linha Decora, na qual vamos ter 400 milhões impactos por essa campanha que já está sendo divulgada em TV, na mídia digital, em horário nobre, pois acreditamos muito que a publicidade e os investimentos de marketing têm um papel fundamental nessa categoria. O investimento emponto de venda para nós, também, émuito importante, por isso, investimos muito emmelhorar a experi- ência de compra do consumidor e na capacitação do profissio- nal, que normalmente é o pintor. Para isso, temos a Academia Coral, onde realizamos investimentos on-line e presencial para treinar os profissionais e, agora, com o lançamento da linha Decora, que tem efeitos especiais, estamos capacitando os pintores em fazer esses novos efeitos, assim é uma maneira de tambémvalorizar o profissional. Alémdisso, investimentos em facilitar o encontro entre o consumidor e o pintor. Para isso temos a Páginas Coloridas, uma plataforma para que os consumidores possam encontrar os pintores certificados por nós. Mas para isso é preciso fazer o curso da Academia Coral. Também oferecemos capacitação para os especificadores e arquitetos, pois muitas vezes eles não conhecem o sistema de tinta ou de cor. Acreditamos que, com isso, conseguimos criar valor para toda a cadeia. Na opinião do senhor, qual o maior desafio do mercado brasi- leiro para aumentar o consumo de tintas? Acredito que o ideal não é aumentar o consumo de tintas, mas, sim, saber escolher as tintas de melhor qualidade. No Brasil, o consumo per capita de tintas é um dos mais altos que temos no mundo, comparado com países com o mesmo poder aquisitivo. O maior problema é mais o melhor do que o mais. Muitas vezes até acabamos consumindo mais volume, pois não utilizamos uma tinta de melhor qualidade, assim é necessário dar mais demãos ou, eventualmente, repintar a parede devido a algum problema. Por isso, acredito que a

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