Revista Paint & Pintura - Edição 246

ARTIGO 14 | PAINT&PINTURA | Agosto 2019 T Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates intas e recobrimentos são definidos como mercados maduros e dependem da evolução dos substratos que vão pintar. Em mercados emergentes, a inovação não se concentrou na gera- çãode eventos disruptivos quepoderiamcriar novos mercados. As empresas consideradas de sucesso nestas regiões têm se destacado pela capacidade de entender a inovação muito mais como a arte de colocar o novo em ação. São empresas que têm o foco na procura de opor- tunidades emergentes, a substituição produtiva de portfólio e time to market. Muito além do objetivo do lucro, tem o propósito de fazerem a diferença na maneira de atuar e serem reconhe- cidas pelo mercado. A crescente digitalização e conectividademodificam os negócios e trazem novas oportunidades e solu- ções, aumentando a competição entre concorrentes ou mesmo atraindo os novos entrantes. Nos últimos 10 anos, a indústria de tintas em geral, impactada pela degradação dos negócios, esvaziou seu conteúdo de conhecimento e desenvolvimento dos talentos das organizações. No Brasil, as empre- sas médias de tintas, no período, fizeram maiores progressos em ganhar mercados e resultados financeiros, do que as denominadas grandes ou globais (conforme nosso artigo na revista Paint & Pintura de Jan/Fev 2019). As empresas de sucesso reagiram à tendência de se tornarem engessadas ou burocráticas. O empoderamento digital do con- sumidor obrigou as organizações a estimularem a cultura da ação e da inovação tentando mudar o perfil das organizações para mais diversidade e multidisciplinaridade. A reativação dos centros de excelência em universidades e os aceleradores de startups em tintas no Brasil começarama tomar for- mato nos últimos anos modificando, não somente a tecnologia da tinta, assim como o processo de Pesquisa & Desenvolvimento, Marketing e Supply Chain da indústria. As ações de Pesquisa & Desenvolvimento passaram a ser localizadas e globalmente conectadas. Um dos desafios da indústria de tintas e a indústria de materiais para tintas está na redução do tempo para desenvolvimento de tecnolo- gias e processos utilizando-se das plataformas digitais de busca de matérias-primas e formulação, não somente intercompany, como também conectados a fornecedores e clientes. A tendência para mer- cados emergentes é o estabelecimento de alianças comdetentores do know-how e clientes parceiros para redução dos tempos de validação por meio de protocolos. A aceleração da transformação digital de diversos processos também impacta as tintas nos mercados emergentes. Na América do Sul, o ex- cedente de capacidade que temos na indústria de tintas no Brasil tem sido área de preocupação não somente pela capacidade volumétrica, mas também pela produtividade não competitiva. As empresas já se preparampara nova geração de equipamentos comprocessos de alto giro suportados digitalmente. Com isto, as empresas já se movimen- tam para maximizar a utilização de novas tecnologias digitais para mercados transnacionais, especialmente na América do Sul. Existe a capacidade instalada em máquinas e equipamentos, mas deverão continuar a aumentar a produtividade e a consistência. A ARTE DA INOVAÇÃO EM MERCADOS EMERGENTES DE TINTAS

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