Revista Paint & Pintura - Edição 251

PIGMENTOS INORGÂNICOS PAINT&PINTURA | Jan/Fev 2020 | 23 o mercado busca extenders, ou seja, o Brasil segue tendências desde que haja benefício econômico em acordo com a realidade e isso implica nas normati- zações e cultura do mercado quando o formulador vai utilizar determinados componentes. “Acredito que o Brasil implantou sua própria culturamediante a instabilidade econômica, mas quando pautamos projetos premium, certamen- te visamos as tendênciasmundiais onde a prioridade e eficiência atrelado a bom custo e o politicamente correto.” DEMANDA Os setores que demandam pigmentos inorgânicos estão diretamente ligados ao desenvolvimento industrial do país. “Portanto, a demanda destamatéria-pri- ma seguirá sempre atrelada à evolução do PIB”, destaca Abreu, da Colormix. Em relação aos pigmentos à base de cromato, molibdato e o negro de fumo condutivo, a Colortrade está emestudo demercado, portanto é umpouco com- plexo opinar neste momento, segundo Lopes. “Já no caso do dióxido de titâ- nio, nunca tivemos tantos projetos e demanda de fornecimento como nesse ano, acredito que o mercado precisa entender as aplicações e o comporta- mento de cada grade de TiO2 com os seusmais variados revestimentos e lava- gens, pois existe umtipo específico para cada aplicação e esse conhecimento levará o TiO2 a um outro patamar, com aplicaçõesmais assertivas e viabilizando novos projetos com o uso do mesmo. A Colortrade está implantando esse su- porte técnico emconjunto coma equipe técnica da nossa representada (CHTI) e os resultados tem sido surpreendentes, enfim estamos pisando em territórios que não conhecíamos.” Na opinião de Jaime Júnior, da Exatacor, o segmento de pigmentos inorgânicos está estagnado no mercado de tintas. “Porém, emnossomercado emparticu- lar, diria que existe umpequeno aumen- to de cores pastéis, com uso em baixas concentrações. Já no setor cimentício tem uma maior procura.” Já para Heise, da Forscher, o mercado brasileiro de pigmentos inorgânicos está sofrendo uma retração no consu- mo, seja pelo fato da substituição de produtos contendo metais pesados, ou pela situação econômica. “Nos últimos meses, temos recebido um sinal de recuperação de alguns seg- mentos com aumento da demanda de pigmentos em geral. É importante sa- lientar que se considerarmos dentro dos pigmentos inorgânicos, óxido de ferro e dióxido de titânio, os maiores consumos veem da construção civil e as tintas aplicadas nesse setor são fortes consumidoras de inorgânicos. O crescimento desse mercado au- tomaticamente irá demandar essas classes de pigmentos e, consequente crescimento da demanda.” A Transcor segue produzindo e comer- cializando sempre grandes volumes, afirma Amarante. “Claro, que a evo- lução de mercado tem sido similar ao PIB brasileiro, nos últimos anos, mas acreditamos que com as mudanças políticas e expectativas comerciais dos empresários brasileiros e estrangeiros, haverá um crescimento grande em todos os setores, retomaremos o rumo crescente de nossa economia, com isto o consumo de pigmentos inorgânicos será muito maior.” CRESCIMENTO O mercado está instável devido às questões políticas do país. “Mas, de forma geral, tivemos um crescimento no faturamento na ordem de 50% em 2019 e estimamos mais 30% para 2020, sem contabilizar os novos produtos. Certamente, o dióxido de titânio foi o ‘carro chefe’ para atingirmos esses números, seguido dos pigmentos pe- rolados (inorgânicos de efeito), onde expandimos para o segmento agro e temos obtido excelentes resultados. Por fim, os aditivos, que são novidades em nosso portfólio, apresentaram um crescimento junto a Rianlon (nossa re- presentada) em torno de 160% de 2018 para 2019 e a expectativa é dobrar o volume no próximo ano”, revela Lopes, da Colortrade. Já Heise, da Forscher, conta que 2019 foi um ano de estabilidade/pequena retração em relação ao ano anterior. “Para 2020, esperamos um crescimen- to de consumo da ordem de 3% a 5%, justamente em função do crescimento do setor de construção civil.” A partir das mudanças normativas e da boa expectativa de crescimento do mercado imobiliário, que já vem apresentando sinais de recuperação, a expectativa da quantiQ é de colher bons resultados no ano de 2020. “Prin- cipalmente, por meio de nossa linha de pigmentos DCC Lansco.” Para a Transcor, o ano de 2019 iniciou muito beme terminarámelhor, garante Amarante. “Para 2020, temos expec- tativa de mais crescimento, pois já há recuperação da economia e, isto possi- velmente, resultará em ganhos comer- ciais. A Transcor possui um programa de investimento em novos itens, tanto em forma de pó, quanto em forma de concentrado, que contribuirá no nosso crescimento.”

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