Revista Paint & Pintura - Edição 255

ARTIGO 10 | PAINT&PINTURA “T Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates Francisco Rácz, da Rácz, Yamaga & Associates Por Francisco Rácz e Washington Yamaga, da Rácz, Yamaga & Associates O QUE MODIFICA E FICA? intas pela sua natureza, participando demuitos mercados, foram impactadas pelo estrago fi- nanceiro, sendodesafiadas amudar. Omercado de tintas, segundo estimativas, voltará aos patamares de crescimento de 2013 - 2014 somente em 2021. Represen- tará a década perdida, e o volume do mercado total de 2013 - 2014 só será igualado em 2024 - 2025. As questões imediatas de foco da indústria de tintas, igualmente a todo mercado, estão nas decisões sobre sua força de trabalho, preservação dos clientes e parceiros de ne- gócios. Novamente, a indústria será desafiada a cortar gastos e preservar investimentos onde for possível, e o fluxo de caixa será o principal desafio da retomada. Os tempos de retomada dos negócios para atingiremescalas viáveis podem determinar o grau de transformação e sobrevivência dos negócios. O senso de urgência deve estar presente por sobrevivência. As indústrias de tintas não serão mais as mesmas que até então estivemos projetando.” Este texto foi por nós publicado em 30 de abril no Boletim de Inteligência. “O pessimismo sobre uma rápida recuperação econômi- ca da crise do Covid-19 aumentou na medida em que a renda e a economia dos consumidores diminuem. A incer- teza continua sendo o sentimento predominante e quase três quartos dos brasileiros experimentaramumdeclínio na renda nas últimas semanas. Consequentemente, os consumidores têm diminuído os gastos em quase todas as categorias para compras seja on-line ou pessoalmente. Muitos acreditam que o impacto do Covid-19 em suas rotinas e finanças durará meses, ou seja, mais do que originalmente imaginado.” (McKinsey, Maio 2020) ANTES DE AUMENTAR O FATURAMENTO, É PRECISO GANHAR A CONFIANÇA DO CONSUMIDOR Hoje, existem três fatos que ocupamnossas vidas: a Pan- demia, a Crise de Liderança e a Quarentena Econômica. É a longa jornada da expectativa até a realidade exigindo esforços focados e contribuição multidisciplinar. É certo que somente ações de marketing não poderão salvar empresas. Mas podem nos apresentar saídas e oportunidades que farão a diferença. É esperado que sejam es- tabelecidos novos hábitos de consumo em canais digitais como e-commerce, drive-thru nas lojas e delivery. Na retomada da normalidade se espera uma competiçãomais dura pelo share-of- -wallet dos consumidores em um cenário de escassez de renda levando à pressão de margens nas empresas. A nova classe C mais empobrecida, porém digitalmente mais esclarecida, não vai considerar pagar mais caro, mas consumindo o melhor custo pelo conteúdo de valor e benefícios. Tintas ainda têm que resolver o ponto crítico da fusão da loja física e virtual: prazo de entrega e disponibilidade de estoque com custo competitivo ainda será um desafio e, agora, ainda ampliados pelos parâmetros novos de distanciamento e saúde. Marcas regionais com substancial peso no varejo vão liderar as mudanças porque conseguemcompreendermelhor a experiência dos clientes. A convivência ainda cria o espelho do entendimento e confiança, resolvendo a distância entre conveniência, necessi- dade de informação e os novos parâmetros da saúde higiênica. Na rota do valor agregado é hora de transformar e não perder valor. Entender onde seu cliente precisa de ajuda é fundamen- tal. A retomada da atividade demandará ampliação de canais de relacionamento digitais, reestabelecimento de conexões mais poderosas com o consumidor e novos valores de atração de demanda. Aplicações de dados para prover inteligência na gestão demargens e controle do desperdício promocional serão importantes na gestão da eficiência. O melhor conhecimento da experiência do cliente na jornada de pintura, perguntando o que ele precisa, poderá mudar o modelo de negócios de tintas e serviços mais rapidamente

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