Revista Paint & Pintura - Edição 255

ENTREVISTA 8 | PAINT&PINTURA Quais são os avanços do Programa Setorial da Qualidade - PSQ? Luiz Cornacchioni: Essa é uma das grandes iniciativas setoriais. O PSQ completa 18 anos neste ano e vem muito bem. Hoje, temos próximo de 90% das tintas já em conformidade com as normas técnicas, o que é um resultado muito expressivo. É um problema de melhoria contínua e, por isso, estamos sempre com novas normas e atualizações aparecendo a todo o momento. É um programa que, logicamente, tem que ter investimentos, não só financeiros, mas também de pessoas dedicadas ao programa. Até dizemos que o PSQé uma “joia da coroa” que temos no setor e na Abrafati, pois traz outro nível de posicionamento nomercado. E se considerarmos que, hoje, 90% das tintas estão dentro das normas técnicas, isso nos dá muita tranquilidade para continuar como programa e avançar cada vez mais, investindo em melhorias contínuas, porque qualidade é fundamental. Temos que investir não só tempo, mas também recursos, pois isso faz toda a diferença para o crescimento mais robusto e sólido do setor. Então, temos no PSQ um carinho e uma dedicaçãomuito forte até porque seus resultados nestes 18 anos são bastante expressivos. Quais são as perspectivas para o setor de tintas neste ano? Quando voltaremos a um cenário positivo, especialmente no setor de tintas? Marcos Allemann: Para quemacompanha o setor, terminamos o ano emgrande estilo, muito animados, com uma retomada mais robusta da economia e das atividades do nosso setor para 2020. Infelizmente, a pandemia veio com seus efeitos e mudou esse cenário fundamentalmente, por isso, deve- mos ter uma contração neste primeiro semestre, mas nossa visão é que o segundo semestre apresente uma melhora/ recuperação, que talvez não compense tudo aquilo que perdemos ou vai perder no primeiro semestre. Este ano não projetamos mais um crescimento e muito provavelmente teremos uma contração em linha com o que está aconte- cendo com o PIB em geral. Mas para 2021 já esperamos uma retomada gradual. Quanto a outra questão, de quando esperamos voltar a um crescimento positivo, digo já a partir do ano que vem, dentro das premissas atuais. Conseguimos já planejar uma retomada mais robusta de crescimento. Luiz Cornacchioni: Uma coisa que temos feito é acompanhar de perto todo esse cenário econômico. O Marcos já falou um pouco do cenário e sigo a mesma linha. Sou otimista com uma retomada do setor, obviamente, essa pandemia nos pegou, teve toda uma queda, mas se olharmos em médio prazo, ou seja, a partir do ano que vem já sou otimista em dizer que o setor terá um bom crescimento e temos feito todos os esforços não só de acompanhar passo a passo o que pode acontecer no cenário, discutindo quase que se- manalmente, mas também temos criado todos os fatores e vários programas de relacionamento para que possamos dar ao setor um crescimento robusto a partir do início de 2021, onde devemos estar num outro patamar e teremos superado esse momento mais difícil. Portanto, sou otimista e não tenho dúvidas disso. MARCOS ALLEMANN O presidente do Conselho Diretivo da Abrafati, Marcos Allemann foi eleito para o biênio 2020-2022. Formado em Engenharia Agronômica pela Universidade de São Paulo (USP) e com MBA em operações da FGV, Alle- mann atua no setor de tintas há 30 anos e lidera, desde 2015, a área de Tintas Imobiliárias da BASF para a América do Sul. Frente à Suvinil, marca de tintas decorativas da BASF, o executivo vem liderando importantes projetos voltados à sustentabilidade, inovação e digitalização, além do desenvolvimento de programas que visam apoiar a cadeia de valor e a sociedade como um todo, estimulando a criação de redes colaborativas e de parcerias estratégicas, bem como de desenvolvimento de startups. TRAJETÓRIAS LUIZ CORNACCHIONI Luiz Cornacchioni é, desde março de 2020, o presidente-executivo da Abrafati. Cornacchioni é graduado em agronomia pela ESALQ - Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (USP), comMBA pela Kellogg School nos Estados Unidos. Conta com significativa experiência em associações de classe, tendo sido diretor executivo da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag) e diretor executivo da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas (Abraf). Foi tam- bém cofacilitador da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura. Atuou por 27 anos nas áreas de papel e celulose, florestas plantadas e sucroalcooleira, empostos executivos na Suzano Papel e Celulose e na Terracal Alimentos e Bioenergia.

RkJQdWJsaXNoZXIy MTY1MzM=