Revista Paint & Pintura - Edição 258

ARTIGO PAINT&PINTURA | 13 dos agentes econômicos internacionais e na evolução econômica nos vários países, seus investimentos programados e, sobretudo, na evolução do poder de compra da classe média. O nível de empregos em setores diversos e ou concentrados pode determinar a velocidade da recuperação. No geral, eco- nomias com base mais sólidas estão sendo projetadas com uma recuperação mais acelerada nos anos pós-pandemia. Uma boa parte dos países recupera- -se acima da média do continente e muitos deles apresentando evoluções importantes nas taxas de crescimento. emconstrução e infraestrutura, acelerando a inclusão da população no consumo glo- bal. A indústria de tintas mantémo foco na mudança de hábitos da população, provo- cando o aparecimento de novas funciona- lidades suportadas por novas tecnologias. Para tintas, a rota do valor agregado estará centrada no alargamento da base de con- sumo com novas opções no uso de tintas sobre substratos novos ou existentes. Os drivers de convivência social (habitação) e mobilidade (transportes) são de importân- cia num continente amplo e sempre terão perspectivas interessantes para o estoque de tecnologia da indústria de tintas. A digitalização de processos na automação da manufatura, dos processos de formula- ção de produtos e soluções, e a integração dos processos de vendas será uma rota preferencial na procura de produtividade. A globalização / regionalização do supply chain será um fator decisivo na competi- tividade da indústria de tintas que serve outras indústrias globais. A tecnologia será cada vez mais global e o supply chain na América do Sul fará parte do processo. Neste sentido, veremos cada vez mais em- presas com produtividade integrada entre países na América do Sul, principalmente para resinas e intermediários, devido a vantagens de tarifação e custo de energia mais competitivo. No cenário competitivo as empresas glo- bais ou regionais de tintas estarão em con- corrência buscando equilíbrio na geografia da América do Sul. As empresas regionais ou de nichos continuarão a crescer. Por outro lado, se espera a consolidação em processo contínuo para as companhias tradicionalmente internacionais, tentando aumentar a ocupação da América do Sul restabelecendo equilíbrios. A figura 3 traz as projeções da recuperação por setores do mercado de tintas, refletindo novamente os níveis de investimentos nos diversos países, os drivers de mobilidade, o poder de compra da classe média, resultantes na somatória dos países da América do Sul. As tintas de consumo, como as arquitetônicas, retomaram dentro da modificação dos hábitos de consumo reprimidos. Todavia as tintas relacionadas com a indústria automobilística original foram impactadas severamente com as paralisações de suprimentos ao mercado externo ao continente e as exportações internas do continente. As projeções de retomadas dependem da recuperação do mercado de veículos de entrada e consolidação de veículos de maior valor agregado. As tintas industriais foramas primeiras a entrar emcrise, todavia, as primeiras a sair, justamente suprindo osmercados de reposição de elementos da indústria de construção, segmentos diferenciados, como máquinas agrícolas, indústria moveleira, manutenção de indústria química, mineração e vários outros nichos. A ROTA DO VALOR AGREGADO E DA PRODUTIVIDADE A tendência geral na América do Sul se concentra na evolução do poder de compra da classe média e em diversos países alavancados por investimentos FIGURA 3

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