Revista Paint & Pintura - Edição 268

RESINAS PU PAINT&PINTURA | 47 ríodo de pós-pandemia, especialmente esse ano. “Não sabemos se isso aconte- ceu pelo fato da nossa empresa ter um portfóliomuito amplo e atender a vários segmentos demercado, ou pela própria dificuldade das empresas consumido- ras em importar resinas poliuretânicas aquosas. Esperamos uma estabilidade no consumo e até uma maior estabilida- de de preços das matérias-primas, após continuará em crescimento moderado. Vale ressaltar que o mercado vem se ampliando, pois cada vezmais os clientes sentema versatilidade e qualidade desse tipodeprodutoe suas vantagens emrela- çãoaoutros recobrimentosmais comuns. Uma pena os aumentos absurdos de matérias-primas dedicadas a essa classe deprodutos, comoo IPDI eos polióis, que em nível de mercado mundial forçaram umaumentodepreços bemsignificativo, o que pode em algum tipo de aplicação prejudicar o seuuso. Noentanto, existem aplicações específicas que só podem ser formuladas com poliuretano, então, continuará em expansão.” TENDÊNCIAS DO MERCADO O mercado de tintas busca por tecno- logias base água e mais sustentáveis. “Certamente, a grande tendência deste mercado são as resinas base água e altos sólidos, cujas principais vantagens são alta performance, redução no tempo de trabalho, além do benefício ao meio ambiente e as pessoas. Atualmente, a Covestro já possui uma grande linha de produtos base água e de baixoVOC, bem como somos pioneiros em produtos produzidos a partir de base biológica. Todos os novos desenvolvimentos da Covestro, incluindo de resinas poliure- tânicas, estão alinhados à visão de Eco- nomia Circular. Conforme anunciado pela nossa empresa globalmente este ano, vamos alinhar completamente a produção e portfólio de produtos, bem como todas as nossas áreas ao concei- to circular. Os produtos da empresa serão criados com a visão de recicla- gem após o uso e ainda mais alinhados aos objetivos de sustentabilidade da ONU”, ressalta Torres. ParaMoura, da Dow, a pandemia trouxe bons ventos para omercado. “Limitados nas atividades que poderiam realizar e, uma parcela significativa, passandomais tempo emcasa (home-office), foramdri- vers para que consumidores passassem a investir mais em bens duráveis, como por exemplo, colchões, eletrodomésti- cos e renovar a pintura da casa. Nesse sentido, ganhou destaque o segmento de DIY (Do-It-Yourself), no qual os pais passaram a realizar atividades com seus filhos - como atividade de recreação, e atémesmo se arriscar emrealizar o servi- ço por conta própria, antes realizado em sua grande maioria por um profissional da área (conhecido por segmento PRO - profissional ou ainda como empreiteiro), por conta do receio e pelas precauções de medidas restritivas relacionadas aos protocolos de isolamento. Sobessaótica, os segmentos antes tidos como nichos, ganharam alta relevância durante esse período. As tintas denominadas ‘pronta Silvio Torres, head de vendas e desenvolvimento de mercado para América Latina da Covestro Leonardo Tavares Moura, gerente de marketing para o segmento de tintas imobiliárias da Dow, afirma que as pers- pectivas são otimistas, existe um cresci- mento contínuo da demanda de HEUR, muito relacionado ao avanço das tintas do segmentopremiume super premium. “Porém, limitado pela falta de insumos na cadeia para a fabricação delas. Esta- mos noperíododemaior consumo, dada a temporada, e existe uma limitação da produção por conta dematérias-primas, como por exemplo, HEUR, resinas e ou- tros aditivos. Opanorama para 2022 é fa- vorável ao crescimento; coma retomada das atividades pós-liberação (restrições impostas pela Pandemia relacionada ao COVID-19); e normalização da produção/ oferta. Espera-se que esse segmento continue em crescimento, com taxas superiores a 5% ao ano.” O segmento de resinas poliuretânicas é relevante para a Dow e para os fabri- cantes de tintas, acrescenta Moura. “A busca contínua por aperfeiçoamento está aliada a consumidoresmais atentos aos produtos que compram/consomem, que buscam por informação durante sua jornada de compra, e que estão ligados/antenados nas questões de ras- treabilidade, o que tem dentro da lata, sustentabilidade e afins. Esses drivers somados a esforços dos produtores em educar importantes stakeholders na cadeia permitiram o impulsiona- mento da qualidade das tintas no país. Destacam-se nesse sentido as categorias premium e super premium, commelhor acabamento e durabilidade. Foi nesse/ sob esse contexto que o uso de resinas poliuretânicas começou a despontar nos últimos anos e caminha emcrescimento e em ritmo acelerado, em especial nos últimos cinco anos.” Francisco Fava, diretor técnico da Nokxeller, conta que sua empresa teve um forte incremento de vendas no pe-

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