Revista Paint & Pintura - Edição 272

EMBALAGENS METÁLICAS 54 | PAINT&PINTURA FABRICANTES DE EMBALAGENS METÁLICAS EXPECTATIVAS DO SETOR O ano de 2021 apresentou resultados expressivos, porémo pri- meiro bimestre foi desafiador. “No entanto, estamos sempre muito próximos do setor e dos clientes e acreditamos emuma recuperação durante o mês de abril. O nosso foco principal é continuar fomentando a inovação e buscar o melhor atendi- mento aos nossos clientes com qualidade e pontualidade”, declara Cinthia Squadrani, gerente de marketing da Brasilata, acrescentando que existem v variáveis que afetam o setor de embalagens e de tintas. “A alta inflação e queda de disponi- bilidade de renda do brasileiro fizeram com que o mercado tivesse uma retração. Aquestão logística tambémé umdesafio e estamos planejando nossa demanda commais antecedência para mitigar os impactos.” Para Vicente Lozargo Filho, presidente do Grupo Cerviflan, ainda não foi virada a chave dessa pandemia. “Acreditamos estar no momento mais otimista, porém o impacto desses dois anos reflete e irá refletir nos próximos anos. O momen- to é de planejamento, execução, análise e retomada. Muito trabalho e muita cautela. Vale ressaltar que a Cerviflan, nos últimos cinco anos, vem pulverizando a aquisição de insumos produtivos, o que nos permitiu antes e durante a pandemia minimizar os impactos do caos do mercado. Talvez tenhamos sofrido um pouco menos, pois com uma boa saúde financei- ra, o planejamento adequado e foco na qualidade estamos atravessando essa fase.” DESAFIOS DE 2022 O ano de 2022 surgiu com diversos desafios para o segmento de embalagens de aço: pandemia, eleição, alta inflação, entre outros. “Mesmo diante de todas as dificuldades, a CMP enxer- ga um cenário ainda positivo para o ano, estamos nos prepa- rando para uma demanda mais forte no segundo semestre. Vale ressaltar que, no momento, não há risco de escassez de matéria-prima, entretanto, o cenário requer cuidado e aten- ção, pois estamos enfrentando uma grande volatilidade das commodities, bem como o câmbio, isso traz incertezas sobre os preços de frete, por exemplo. Teremos, semdúvida, umano bastante duro do ponto de vista de abastecimento exigindo boas estratégias das empresas, e a CMP está mais uma vez preparada para enfrentar os desafios”, afirma AdrianoMarson, diretor comercial da CMP. Por sua vez, a Greif tem uma expectativa de crescimento para o ano fiscal de 2022 pós-pandemia. “Embora o cenário tenha se agravado coma Guerra da Rússia e Ucrânia aindamantivemos essas projeções. Um ponto de atenção é a disponibilidade de matéria-prima e alguns insumos, mas a cadeia de fornecimento robusta e internacional da Greif, garante o melhor serviço e atenção a seus clientes. Existemfatores que influenciamdireta- mente o negócio de diversas formas e afetam toda cadeia. Em 2021, umperíodo onde ainda havia incertezas coma pandemia, houve uma dificuldade de disponibilidade de matéria-prima no mercado, onde foi necessário buscar alternativas para soluções desse problemas. Estamos monitorando de perto todos esses pontos para gerar o menor impacto possível em nossos clientes e parceiros”, garante Wagner Bastos, gerente de planta da Greif. Já Gilson Paraiso, diretor de operações da Indústrias Reunidas Renda, alerta que estamos tendo um primeiro trimestre difícil devido ao própriomercado e aumentos sucessivos de reajustes de preços, mas temos expectativa de melhora no restante do ano com uma estabilidade maior nos preços. “Com certeza, os aumentos sucessivos dematéria-prima e frete vemafetando to- dos os mercados, inclusive, os de embalagens metálicas devido a retração do consumo.” Reinaldo dos Santos, gerente comercial da Litografia Valença, também entende que este ano será com muitos desafios, exigirá do setor muita criatividade e perseverança para driblar essa crise, como alta de juros, eleições, guerra entre a Rússia e Ucrânia etc. “Acredito que não teremos um crescimento significativo em 2022, o primeiro trimestre já vem demons- trando uma retração no consumo, estamos apostando que os volumes se repetirão de acordo com o ano de 2021. Vale ressaltar que a crise afetou toda a cadeia de suprimentos e, consequentemente, o nosso setor. A elevação dos preços/ custos de produção e a falta de insumos importados afe- taram o mercado como um todo. Somos fornecedores de embalagens para vários segmentos que importam matéria- -prima de vários países, principalmente da China e Europa, indiretamente fomos afetados.”

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