Revista Paint & Pintura - Edição 281

DIÓXIDO DE TITÂNIO 36 | PAINT&PINTURA | MARÇO 2023 dominam o mercado, e é provável que cresçamdurante o período de 2023 com o crescimento contínuo das atividades de construção. Quanto aos desafios, o cenário está muito melhor graças a um enorme esforço em toda a indústria e a um conjunto de lições aprendidas. De fato, tivemos crescimento positivo de vendas em vários segmentos da indús- tria de tintas em 2022. Durante e após a pandemia, devemos evoluir constan- temente, acompanhar e antecipar as tendências globais e locais de acordo com as necessidades da sociedade (em relação à sustentabilidade de processos e produtos, facilidade de aplicação, melhoria de desempenho e qualidade, adição de novas funcionalidades etc.). As crescentes demandas de novos re- gulamentos e a integraçãomais forte da digitalização emnossos negócios. Outro importantedesafio a qualquermomento é a capacitação dos profissionais que atuam na cadeia produtiva de tintas, revenda e aplicação de produtos para acompanhar a evolução tecnológica e as novas necessidades dos usuários.” Fabiano Romero, representante comer- cial e técnico da Colortrade, ressalta que, com certeza, esse mercado vem sendo muito afetado pela instabilidade de preços, logística, entre outros. “Isso porque mesmo passados três anos do desenrolar da pandemia, ainda não se atingiu uma normalidade. Como a pró- pria doença, esse mercado vem sendo castigado, pois ao mesmo tempo que ocorre umaumento emseu consumo, há problemas de embarque na importação devido a lockdown na origem, ou seja, a cadeia produtiva ainda não atingiu uma uniformidade entre consumo e produ- ção. Recentemente, houveuma retração no consumo do mercado chinês que é grande consumidor desse produto, com isso resultou em aumento de oferta, o que ocasionou tanto uma redução de preço de produto como preço de frete marítimo. Acreditamos que possamos encontrar ainda flutuação desses fato- res após o retorno do feriado do Ano Novo Chinês. Ademais, o mercado local acredita que possa haver uma retomada de volume e investimentos, após o país conseguir superar essa instabilidade política.” Romero ainda salienta que esses últimos anos vem trazendo vários desafios para empresas que atuam nessa categoria, e esse ano não será diferente. “As empresas ainda não voltaram a atuar em sua máxima capacidade, pois ainda existe uma insegurança no mercado, ocasionado pela instabilidade política. Se os investidores superarem essa in- segurança e o mercado voltar a reagir, pode ocorrer novamente flutuação nos preços dos produtos e logísticos. Outra questão é se houver uma reação rápida do mercado consumidor, o que pode novamente encontrar insuficiência de insumo nomercado, pois grandemaioria desse produto é importado e o tempo para recebimento é relativamente lon- go. Por fim, a questão tributária que ano a ano vem sofrendo alterações.” Sérgio Melchert, diretor da Helm do Brasil, informa que continua verificando, no iníciodeste ano, uma continuidade do processo de “destocking” do mercado. “Clientes e fabricantes tem procurado ajustar seus estoques a umnível conside- rado realista de demanda, associado ao período considerado de baixa estação. Por outro lado, a nível macroeconômico, esperamos que uma vezmelhor definida a direção da política econômica do novo governo, a economia e os seus segmen- tos, entre eles o setor de tintas, possam voltar a experimentar um crescimento com a retomada natural da demanda. O dióxido de titânio é um produto es- tratégico nosmercados onde é utilizado, sobretudo no segmento de tintas. A queda de demanda generalizada veri- ficada na segunda metade de 2022 em todo mundo associada a uma previsão Fabiano Romero, representante comercial e técnico da Colortrade Sérgio Melchert, diretor da Helm do Brasil Marcelo Barbosa, diretor comercial da Intercroma

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