Show do Pintor Profissional - Edição 188

SHOW DO PINTOR • SETEMBRO 18 16 PINTURA EM EDIFÍCIOS Aproximadamente 40% dos paulistanos residem em apartamentos e, na Capital, existem aproxima- damente 22 mil condomínios residenciais, segundo o último levantamento da administradora de con- domínio Lello. Em São Paulo há uma lei que determina que os prédios tenham limpeza ou pintura periódica em prazo mínimo de cinco anos, no intuito de manter a cidade harmoniosa e de aspecto estético agradá- vel. Vale ressaltar que o aumento de edifícios não é exclusividade de São Paulo, todas as capitais do Brasil passam por ampliação da quantidade das edificações. Levando em consideração a lei e o nú- mero de prédios, é possível considerar um univer- so de oportunidades de pinturas na área externa, mas somente aos profissionais capacitados, não há espaço para amadores quando o assunto envolve altura, pois a maioria dos erros são fatais. Robson Vianna há mais de 8 anos trabalha realizando serviços em grandes alturas e enxerga muito poten- cial na área. “No mercado de pintura imobiliária, a concorrência é grande, mas no ramo, onde é preciso técnica específica, como é o caso da pintura externa de prédios, há mais oportunidades, o trabalho e seu valor agregado são maiores. A pintura de uma facha- da de 20 andares é realizada em, aproximadamente, três semanas com o auxílio de três pessoas. O preço da mão de obra é de aproximadamente R$ 500 por metro quadrado.” CAPACITAÇÃO Para o profissional interessado em trabalhar em locais altos, onde o acesso não é alcançado com extensores de rolo, é preciso buscar capacitação. No mercado há diversas instituições capacitadas em ensinar trabalhar em alturas com auxílio de cordas, cadeira suspensa, andaime, entre outros. Para pintura de fachada de prédio, as técnicas mais utilizadas são cadeira suspen- sa e o alpinismo industrial, também conhecido como acesso por cordas. Para trabalhar com cadeira sus- pensa, é preciso curso de aproximadamente 16 horas, dependendo da instituição. A técnica está baseada na Norma Regulamentadora 18, Condições e Meio Am- biente na Indústria da Construção. Durante a aula, o profissional irá aprender a manu- sear os equipamentos e técnicas de segurança. Já o acesso por cordas é mais rigoroso, pois o procedi- mento de trabalho usando cordas, em conjunto a outros equipamentos mecânicos para subir, descer e movimentar-se de maneira horizontal e vertical. A descrição da atividade está na NR 35, Anexo 1 pa- rágrafo1. Para quem tiver interesse nas técnicas, o primeiro passo é a realização de um curso de 40 ho- ras, onde aprenderá desde regras básicas de acesso por corda alpinismo até como agir em situações de emergências nas alturas. Marcello Cyrillo Vazzoler, diretor geral da Vertical Pro, instituição que ministra curso para trabalho em altu- ra, explica a dinâmica da aula. Segundo ele, “Não é necessário experiência anterior, o aluno terá vivência prática e teórica do trabalho em altura de maneira se- gura, desenvolvendo senso crítico quanto à questão da segurança para as mais variadas possibilidades de trabalho em ambiente vertical. Ao término do curso, o profissional será avaliado por um dos três órgãos regulamentadores da atividade: Associação Brasilei- ra Ensaios Não Destrutivos e Inspeção (Abendi), As- sociação Nacional das Empresas de Acesso por Cor- da (Aneac) e a Associação Comercial de Acesso por Cordas Industrial (Irata), realizando avaliação teórica e prática do conteúdo ensinado.” A cada dois anos, o profissional é submetido a uma nova prova de revali- dação para provar se continuará ou não. OPORTUNIDADES NAS ALTURAS GRANDE NÚMERO DE PRÉDIOS OFERECE OPORTUNIDADE AOS PROFISSIONAIS COM CONHECIMENTO DE PINTURA EM LOCAIS ELEVADOS Talita Molinero

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