Show do Pintor Profissional - Edição 206

SHOW DO PINTOR • MAIO 2020 16 DICAS O avanço da pandemia do novo coronavírus no país tem obrigado os empresários a repensar o modelo de negócio e inovar na maneira de chegar até os clientes. Essa realidade não é diferente para aqueles que abriram seus negócios recentemente e também foram surpreendidos com a crise. Além dos desafios diários, comuns a todo novo negócio, esses empresários têm que ter atenção redobrada na gestão da sua micro e pequena empresa. NOVOS NEGÓCIOS ENCARAM O DESAFIO DE SOBREVIVER À CRISE EMPREENDEDORES AVALIAM OPORTUNIDADES DE MERCADO E SE REINVENTAM PARA CONTINUAR EM FUNCIONAMENTO De acordo com o gerente de Relacionamento com o Cliente do Sebrae, Enio Pinto, é preciso que os novos empreendedores se adaptem rapidamente ao novo cenário. “Com a mudança de comportamento do consumidor na crise, muitos empresários vão ter que repensar como seu produto pode resolver o problema do cliente”, ex- plicou. Em Luziânia, município goiano localizado a 60 Km de Brasília, o microempreendedor individual Antônio Chaves busca alternativas para manter o negócio de venda e revenda de motos e peças. Depois de duas semanas com a loja fechada por deter- minação do governo, ele passou a alugar as motocicletas para comerciantes que começaram a realizar entregas na região. “Meu vizinho que vende bolo resolveu alugar uma moto para fazer entregas e eu percebi uma oportunidade de oferecer o serviço. Cobro pela diária e aos finais de semana, consigo alugar todas as motos”, contou. Na semana passada, ele voltou a reabrir a loja, após liberação do estado, e agora avalia as medidas anunciadas pelo Governo para manter o negócio. “Vou prorrogar o pagamento do Simples e tentar renegociar com o banco as parcelas de um carro”, afirmou. A consultora de estilo Joice Rossi, que atende na capital paulista e na região do ABC, precisou repensar maneiras de atender os clientes depois de decretadas medidas para a prevenção do contágio da doença, com o distanciamento social e o fecha- mento de lojas. Há um ano, ela largou o cargo de gerente numa multinacional para se dedicar exclusivamente ao universo da moda, que sempre foi uma grande paixão. Como microempreendedora individual, ela fez o Empretec no final do ano passado para ganhar mais confiança como empresária, mas agora enfrenta dificuldades para fazer os atendimentos presenciais com os clientes que já tinham contratado o serviço. “Parte dos clientes mais novos aceitou um atendimento online nesse momento para depois continuar para outras fases da consultoria de forma presencial, mas alguns preferiram pausar o serviço”, contou. Com a ajuda da internet, ela adaptou a consultoria para o ambiente online com encontros virtuais e com lojas parceiras oferece o serviço da “malinha” com peças de roupas selecionadas para os clien- tes. Diante do imenso desafio, também criou pacotes de serviços online para novos clientes e pretende disponibilizar o novo serviço nos próximos dias. Na região de São Bernardo, na Grande São Paulo, a empresária Mônica Pileggi co- manda, com ajuda da mãe, a loja Quiosque Flores desde o início de 2019. Mesmo com o fechamento do comércio no estado, ela continuou recebendo pedidos dos clientes via Whatsapp e resolveu que, mesmo com a queda no faturamento, iria man- ter o negócio funcionando. Para isso, investiu em anúncios pagos no site de busca Google, criou um site para divulgar o negócio e faz postagens nas redes sociais, princi- palmente no Instagram. Para receber os pagamentos, envia links diretos da cobrança pelo aplicativo de mensagens.

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