Revista Lojas de Tintas - Edição 156 - page 50

ARTIGO
Lojas de Tintas
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Por FernandoVal YVal Peres (*)
COMO VENCER
ACRISE
FernandoVal YVal Peres é sóciodaHalcos
ConsultingGroup, atuandonaáreadevendas,
distribuiçãoegestãodenegócios. Desenvolveu
seu conhecimentodegestãodemarcas, segmen-
taçãode canaisdevenda, reestruturação, turn
around, fusões/aquisiçõesnas empresasAxalta,
Sherwin-Williams,Ultragaz eDowQuímica.
Quandoo resultadoémenor queaexpectativa, chamamos de crise. Quanto
maior a diferença, maior será a crise. Ela pode ser política, social, jurídica,
moral, econômica e tantas outrasmodalidades, mas o pior é quando todas
acontecemaomesmo tempoeatingemo seubolso.
No Brasil vivemos, atualmente, uma crise de algumasmodalidades, mas ao
mesmo tempoouçoque algumas empresas estão sofrendobemmenos que
oquevem sendoalardeado. Portanto, existem soluçõespara sevencer a cri-
seeelaspassampor doismodelos.
Nomodelo clássicoperseguimos sempre a velha fórmula de procurar novos
clientes, lançar novos produtos, desenvolver novos territórios, novos canais
de venda, nunca esquecendo de reduzir despesas, diminuir custos de pro-
dutos eaumentar os preços semprequepossível. Diminuir prazode vendas,
aumentar prazo de fornecedores, reduzindo estoques para se obter um au-
mento do capital de giro. Diminuir os investimentos e ficar com umamaior
liquidez edependermenos debancos com seus juros altíssimos. Diminuição
do quadro de funcionários, “lay offs” emuita queda de braço com fornece-
dores e clientes.
A grande diferença está na intensidade com que se fazem todas essas cor-
reções, ou seja, quanto maior a crise, mais forte são essas ações. Mas se
todasasempresas seguiremamesmacartilha teremos, emcurtoprazo, uma
situaçãodeempresas commuitasdificuldades eomercadopassa tambéma
diminuir, eum ciclo recessivopassaaexistir.
Por outro lado, sabemos que é na crise que aparecem as oportunidades. E
se sairmosdanossa zonadeconforto,mesmoquandonãohouver crise?E se
formosmais criativos, questionarmos os paradigmas existentes, demodo a
criarmosmedidas anticíclicas?
Os exemplos do Cirque du Soleil, Starbucks e barbearia Don Corleonemos-
tramnegócios que, aparentemente, estavamem crisee foram reinventados.
Eles apresentavam rentabilidadebaixaeestável, oumesmo sequer existiam.
Novos valores foram criados paraasmesmas atividades eumnovomercado
foi desenvolvido.Umanovademanda foi criada, descobertaeexplorada.Um
novomercadonasceue, compequenas alterações na suaatividadeanterior,
foi possível crescer novamente.
Eles criaram novos valores agregados aos seus negócios e, dessa forma, um
novomodelo surgiu.Quatroações foramdeterminantesnesseprocesso:
CRIARALGONOVO
•Eliminar fatores atuaisque sugamo seu resultado
• Incrementar fatorespoucoexploradosdo seuportfolio
•Reduzir fatoresnão valorizados e sugadoresde resultado
Foi exatamente isso que o Cirque du Soleil fez ao
eliminar animais, incrementar as acrobacias, redu-
zir os “atores estrelas” e criar uma nova demanda:
públicoadulto.
O exemplo da barbeariaDon Corleone pode ser vi-
venciado em São Paulo, no bairro do Itaim, onde o
atodecortarocabelopodeviracompanhadode to-
mar uma cerveja, jogando snooker e conversar com
os amigos aomesmo tempo.
Se a sua empresa quiser sair da zona de conforto
e realmente quiser inovar e crescer para um outro
patamar, aestratégiadoOceanoAzul pode ser uma
excelentealternativa. Essenovomodelodenegócio
pode ser melhor estudado no livro “Estratégia do
OceanoAzul”.
Porém, se a sua empresa estiver em uma crise, o
modelo clássicopode ser dealtavalia, estabelecen-
do uma nova relação entre rentabilidade emarket
share. Amelhor execução continuará sendoa chave
paraaobtençãode sucesso.
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