Page 27 - 142

This is a SEO version of 142. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »
www.paintshow.com.br
PAINT & PINTURA
Março 2010
27
A rápida recuperação do Brasil perante a crise mundial aumentou a demanda
de dióxido de titânio em 2009 e a tendência é de um maior aumento para
2010, principalmente depois da medida do governo federal de reduzir para
zero a alíquota para importação dessa matéria-prima.
Por Lucélia Monfardini
(Tarifa Externa Comum) do Mer-
cosul. “Apresentamos argumentos
fortes e com eles sensibilizamos
mais uma vez o governo, que,
reitero, tem demonstrado muito
interesse em receber e analisar
propostas que contribuam para o
desenvolvimento do País. A nossa
argumentação esteve centrada em
dois eixos: por um lado, a produ-
ção doméstica é insuficiente para
atender à demanda. Por outro,
a redução do imposto terá como
consequência a diminuição dos
preços das tintas, o que beneficia-
rá setores-chave para o desenvol-
vimento do País, como a constru-
ção civil, a indústria automotiva e
os grandes projetos de infraestru-
tura”, conta Ferreira.
A nova tarifa entrará em vigor
no momento da sua publicação
no Diário Oficial da União, o que
deve ocorrer nos próximos dias.
“Com essa medida a principal
consequência para o mercado
brasileiro é o aumento das vendas
de tintas, com a queda nos preços
do produto. O dióxido de titânio
é um importante insumo utiliza-
do em todos os tipos de tintas e o
impacto da redução de seu custo
será positivo para toda a cadeia
de produção e de distribuição do
produto, além dos setores usuários
e dos consumidores finais”, revela
Ferreira, acrescentando que o
impacto dessa medida de desone-
ração tributária é de até 3% no
custo total das tintas, o que dá
margem para que os fabricantes
possam reduzir os preços de ven-
da, em percentuais que dependem
da combinação das diversas va-
riáveis que afetam o seu processo
de produção. “Com a redução dos
preços, o consumidor será bene-
ficiado diretamente, ao comprar
tintas no varejo, e indiretamente,
ao comprar bens pintados. Além
disso, toda a sociedade sairá
ganhando com o menor preço das
tintas utilizadas nos mais diver-
sos projetos de construção civil
– especialmente de habitação de
interesse social – e de infraestru-
tura.”
O presidente-executivo da Abra-
fati ainda conta que essa medida
do governo federal não foi to-
mada em função de uma situa-
ção momentânea do mercado de
dióxido de titânio. “As razões para
ela foram a produção nacio-
nal insuficiente para atender à
demanda e a possibilidade de se
refletir em preços menores para as
tintas. Atualmente, cerca de 70%
do dióxido de titânio que o Brasil
utiliza é importado. Inclusive, a
cota anual exigida de 95 mil to-
neladas atende plenamente a essa
necessidade e a de outros segmen-
tos usuários do produto, como as
indústrias de plásticos e de papel”,
revela Ferreira.
Essa foi mais uma ação da Abra-
fati no sentido de buscar a dimi-
nuição do imposto de importação
de algumas matérias-primas
importantes para o setor. “Já haví-
amos obtido a redução do monô-
mero de acetato de vinila (VAM)
e agora temos mais uma decisão
favorável em relação ao dióxido
de titânio. Tínhamos argumentos
fortes para a defesa dessa medi-
da, com os quais sensibilizamos o
governo”, finaliza Ferreira.
Dilson Ferreira,
presidente-executivo
da Abrafati