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Novembro 2010
PAINT & PINTURA
Fazenda ainda falou sobre o crescimento expressivo do mer-
cado brasileiro de tintas. “É um mercado que cresce a taxas
expressivas, pois em 10 anos cresceu 50% em volume, e este
ano a estimativa é chegar a 10% de crescimento, ou seja, é
um mercado grande, mas que pode crescer ainda mais. Atu-
almente, por exemplo, temos indústrias de tintas no Brasil
inteiro; as indústrias não estão mais concentradas apenas
em São Paulo (SP)”, finalizou.
Pegada logística
Marcos Eduardo Gomes Cunha, acadêmico da PUC, Faap,
entre outras, além de executivo da Ciclo Ambiental, consul-
toria ambiental especializada em medir a pegada logística,
suscitou a curiosidade dos congressistas em relação ao quanto seus processos estão sendo poluentes ou não e o
quanto é importante investir em processos limpos, incluindo a logística.
Cunha lembrou que hoje já existe uma demanda por produtos ambientalmente responsáveis por mais da meta-
de da população brasileira, mas que esse mesmo consumidor acredita que a comunicação sobre produtos verdes
é falsa em cerca de 70% dos casos. E, quando se faz uma análise mais profunda, percebe-se que o chamado
marketing verde realmente não corresponde totalmente à verdade.
Para que um empresário possa dizer que tem um produto verde, ele precisa analisar todo o ciclo de vida do pro-
duto, do berço ao túmulo, ou, como está sendo visto hoje em dia, do berço ao berço, ou seja até o reciclo.
É a análise de todo o processo, incluindo desde a obtenção da matéria-prima, passando pelo caminho até a em-
presa transformadora, pelo processo produtivo, pela distribuição ao mercado e pela reciclagem de materiais e
embalagens. E, para facilitar, por exemplo, a medida da pegada logística, existem hoje softwares com banco de
dados aceito mundialmente. Essas ferramentas permitem não apenas a medição confiável dessa pegada como
o estudo de alternativas mais eficientes de logística, com o estudo de suas diversas variáveis, incluindo modal,
tipos de embalagens, combustível utilizado, locais de armazenamento, entre outros.
Cunha também acentuou que hoje já existe uma conscientização maior do empresário sobre a necessidade de
diminuir a pegada, não só pela conscientização ambiental, mas até pela sobrevivência da empresa num merca-
do cada vez mais exigente em relação a produtos ambientalmente responsáveis em todo o seu ciclo de vida.
Marcos Eduardo Gomes Cunha, acadêmico da PUC, Faap,
entre outras, além de executivo da Ciclo Ambiental
3º Dia - Desafios do setor de adesivos e selantes foi tema de mesa redonda
Os adesivos, colas e selantes estão presentes em todos os segmentos da economia e por isso têm seu desempenho atre-
lado diretamente ao desempenho desses setores. Hoje, esse mercado representa em torno de 2% do PIB no Brasil e tem
grande parte do volume de produção distribuído entre poucas empresas, ou seja, calcula-se que 38 fabricantes repre-
sentem cerca de 80% de todas as vendas do setor.
Por outro lado, é um setor extremamente segmentado, com destaque para o setor da construção civil – que pode
representar em torno de 50% das vendas de adesivos, colas e selantes –, setor automotivo, de embalagem, calçadista,
da indústria em geral – incluindo a moveleira –, e o mercado de consumo. Em relação às tecnologias, também há uma
segmentação, com os adesivos e colas base água liderando com 48,15% do mercado. Em seguida, vêm os produtos com
tecnologia base solvente, com 24,4%; os sólidos, incluindo hotmelt (6,02%), com 12,1%; e os selantes, com 15,2%.
Com esse cenário, a indústria desse segmento enfrenta alguns desafios, como ponderaram os participantes da mesa
redonda “Desafios do setor de colas, adesivos e selantes – mercado e tecnologia”, realizada na manhã de 28 de outu-
bro, durante o Latincoat & Adhesives 2010. José Duarte Paes, coordenador da mesa redonda e também da Comissão
Setorial de Colas, Adesivos e Selantes da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), lembrou que os desafios
existem em duas frentes: em relação ao crescimento do mercado, impulsionado até pela ascensão social e econômica da