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Dezembro 2012
PAINT & PINTURA
e a ideia dessa reorganização é
justamente consolidar esse portfólio
e trazer soluções inovadoras para os
nossos clientes.
Revista Paint & Pintura: Haverá al-
gum investimento para a realização
dessa reorganização?
Marcos Allemann:
Nós chamamos
de uma reorganização dos nossos
recursos humanos, fundamental-
mente. É lógico que os investimentos
financeiros estão sempre no nosso
radar, acompanhamos de perto as
necessidades e as oportunidades de
investimentos, e quando existirem e
forem identificadas a BASF vai efeti-
vamente continuar investindo.
Revista Paint & Pintura: Existem
planos de investimentos da BASF
para esse segmento de dispersões e
pigmentos?
Marcos Allemann:
Existem alguns
exemplos claros de importantes in-
vestimentos da companhia no Brasil,
inclusive temos o projeto do Complexo
Acrílico para a produção de ácido
acrílico, acrilato de butila e políme-
ros superabsorventes (SAP), que está
sendo implantado em Camaçari (BA),
e que deverá ficar pronto no segundo
semestre de 2014. Isso tem um impac-
to para o nosso negócio, pois fazemos
parte da cadeia de valor do ácido
acrílico, as nossas emulsões acrílicas
têm por base o acrilato de butila, que
vem do ácido acrílico, e as resinas
acrílicas também. Por isso, esse proje-
to terá um impacto muito importante
na competitividade do nosso negócio
e dos clientes. Estamos investindo
500 milhões em uma planta de ácido
acrílico e mais duas plantas, uma de
superabsorventes, que são os polí-
meros acrílicos para personal care, e
outra planta de acrilato de butila, que
tem o dobro da capacidade que temos
em Guaratinguetá (SP). A princípio,
são três plantas nessa primeira fase
do projeto.
Revista Paint & Pintura: Como está,
hoje, o segmento de dispersões e
pigmentos para tintas no Brasil e a
BASF nesse contexto?
Marcos Allemann:
O nosso negócio
não é somente de pigmentos, apesar
de ser uma área importante do nosso
portfólio de produtos. Mas a BASF
tem, em função do desenvolvimento
do seu próprio negócio de ingredientes
para tintas e também de várias aqui-
sições de empresas nos últimos anos,
como Ciba, Cognis etc., um portfólio
muito grande de produtos que cha-
mamos de ingredientes para formu-
lação de tintas, que são pigmentos,
emulsões acrílicas, resinas, aditivos
de performance ou de formulação em
geral. Nosso portfólio é bastante am-
plo, por isso, temos uma expectativa
“Essa reorganização gera um crescimento
adicional, com base na melhoria do
potencial de inovação e da diferenciação,
que será gerado por meio da combinação
de todo portfólio de produtos, competência
técnica e serviços.”
de crescimento muito interessante,
aliada ao desenvolvimento econômico
do País e da região da América do Sul.
Revista Paint & Pintura: Como o se-
nhor
vê a evolução
da tendência de
produtos ambientalmente corretos
no Brasil?
Marcos Allemann:
O Brasil está
praticamente em linha com o que
se busca globalmente em termos de
produtos sustentáveis, não existe mais
diferença nesse sentido, o mercado já
se desenvolveu bastante. Hoje, não se
desenvolve e comercializa nada, pelo
menos dentro da BASF, que não seja
sustentável, desde a criação dos pro-
dutos, passando por todo ciclo de vida.
Revista Paint & Pintura: Em sua opi-
nião, quais as principais tendências
de pigmentos para os grandes seto-
res, como automotivo e imobiliário?
Marcos Allemann:
De maneira geral,
o mercado automobilístico passa a
demandar um ciclo que se repete,
ou seja, volta para a cromaticidade
das tintas. Passamos por um período
em que foram muito utilizadas cores
como cinza, preto e prata, e agora
voltam as cores azul, vermelho etc.
Também estão em alta os pigmentos
de efeito, pois todas as montadoras
buscam novos efeitos e inovação, e
pintar um carro de uma cor diferente
e chamativa é uma grande inovação.