Page 30 - 175

Basic HTML Version

www.paintshow.com.br
30
Março 2013
PAINT & PINTURA
Carlo Piergallini, gerente de marketing e técnico
para América Latina da Cristal
o mercado de TiO2 quando aquece
sofre com a disponibilidade. Isso está
diretamente relacionado aos fatos de
muitas plantas terem sido fechadas
desde 2008 e do pouco investimento
no setor fora do mercado asiático.
Hoje, está estabilizado devido à de-
pressão mundial, mas sem capacidade
de suprimento numa recuperação
de curto ou médio prazos.” Ainda de
acordo com Bartholi, para sanar essas
dificuldades, no Brasil é preciso abrir
o mercado com uma alíquota de im-
portação reduzida ao máximo de 2%.
“Já no mundo é necessário realizar
mais investimentos em produtividade,
capacidade de fornecimento e busca
por matéria-prima mais barata, que
não a ilmenita, com gargalo na pro-
dutividade e no custo.”
Entre 2010 e 2011, o dióxido de titâ-
nio reascendeu o consumo na esfera
global em detrimento da redução da
capacidade de muitos produtores pelo
fechamento de fábricas e um aqueci-
mento do consumo generalizado, o
que provocou uma oferta mais justa e,
consequentemente aumentos sucessi-
vos de preços. “No momento, vivemos
um cenário diverso, pois há mais ofer-
ta, principalmente, em decorrência da
queda de consumo emalgumas regiões
do globo, o que está provocando um
movimento de desaceleração dos pre-
ços no mercado internacional. Parale-
lamente a isso, o governo vem agindo
para prover maior competitividade à
indústria local e pôr fim à ‘guerra dos
portos’, como também para reduzir a
alíquota de ICMS para faturamento
interestadual de produtos importados
com similar nacional para 4%. Isto
vem gerando uma nova análise nas
importações de titânio no que tange
a sua rentabilidade versus a questão
fiscal, tanto pelos importadores como
pelos transformadores. Assim, muda-
-se o foco, mas permanece o desafio
de manter o valor agregado ao longo
da cadeia para tornar a indústria ren-
tável e competitiva para efetivamente
crescer em 2013”, divulga Celso Ferraz,
diretor comercial da Cromex.
Mas para diminuir ou sanar de vez
essas dificuldades do mercado de di-
óxido, Ferraz, informa que o primeiro
ponto é disponibilizar constantes pro-
dutos que gerem valor agregado em
performance e competitividade. “Para
tanto, é importante que haja investi-
mentos em capacidade
suficiente para equili-
brar o crescimento do
consumo mundial, sem
que estejamos expostos
as oscilações em decor-
rência do desbalance-
amento entre oferta
e demanda. O segun-
do está ligado a uma
política que permita
à indústria nacional
Victor Luis Maluf Amarilla, diretor técnico e de marketing da Kalium
crescer de maneira sustentável e com-
petitiva frente à indústria global. A
política deve atacar as necessidades
básicas e não usar de artifícios ou
mecanismos protecionistas, visto que
vivemos em um mercado globalizado
e aberto.”
Substituição
A tentativa de substituição do dióxido
de titânio por outro produto mais
barato continua acontecendo no mer-
cado brasileiro de tintas. Os chamados
extensores de TiO2 passaram por uma
reformulação e melhora técnica, isto
incentivado durante a escassez e con-
sequente aumento de preço do TiO2.
Porém, ainda não existe um produto
que substitua totalmente o dióxido de
titânio. “Essas substituições dependem
em parte da realidade de preço do
TiO2, ou seja, quando o TiO2 está com
o preço mais estável e baixo, a opção
do mercado é a utilização maior dele e,
consequentemente, menor dos exten-
sores. Tecnicamente não há ainda um
substituto ao TiO2, pois a opacidade
e alvura são inferiores”, esclarece Re-
gina Schwab Rufo, diretora comercial
da Braschemical.
Já Carlo Piergallini, gerente de marke-
ting e técnico para América Latina da
Cristal, informa que não há produto
que substitua o TiO2 nos quesitos