Revista Paint & Pintura - Edição 195 - page 21

entrevista
Paint&pintura |Dezembro2014 | 21
Revista Paint & Pintura: Qual o
balanço do setor de tintas neste
ano?
Francisco Rácz:
Tivemos algumas
oscilaçõesporcausada incertezacomofuturo.
Basicamente, houve uma acomodação de
estoques,masnão teveuma reduçãodrástica
de consumo em termos de consumidor final.
Os setores industriais sofreram, pois estão
muito ligados à indústria automobilística e
investimentos, naqual houveuma reduçãode
consumo.Masnagrandepartedovolumeque
émovidapela construção civil emanutenção
de casa não houve uma queda sensível de
consumo, mas sim uma acomodação de
estoques na revenda. Com isso, o mercado
de tintasdeve fecharesteanocom resultados
muitoparecidoscomoanode2013novolume
total, com as linhas imobiliárias (tintas de
construção civil) basicamente iguais às do
anopassado. As tintas automotivas originais
devem ter umaquedapróximoa 10%, e tintas
de repintura automotiva com pequeno e
ligeirocrescimentomovidopeloaumentoda frota. Jánas tintas
industriais, alguns setores caírammais, mas no todo deve ter
uma ligeiraqueda frutodacombinaçãodeautopeças, indústrias
automobilísticas e uma retenção de alguns investimentos
industriais. No todo, acreditoqueo anode 2014deve terminar
parecido com 2013.
Revista Paint & Pintura: Quais os principais
entraves do crescimento dos vários segmentos
de tintas (imobiliário, industrial e automotivo)?
Francisco Rácz:
Basicamente, não há entraves estruturais
para crescimento na indústria de tintas. Existem sim fatores
ocasionais periódicos que afetam as vendas das indústrias de
tintas paraomercadodedistribuição, e aí entra a confiançana
venda futura, que faz comque a distribuição reduza estoques.
Esse é um pequeno fator de movimentação. O outro fator é
a queda de venda de automóveis em geral aos consumidores
institucionais, como reconstrução de frotas de companhias
de aluguel, que reduziram e adiaram os investimentos para o
ano seguinte. Com isso, a indústria automobilística sofreuuma
queda, mas não foi tão dramática em termos de consumidor
final. A área industrial que segue a indústria acompanhou
isso. Já na área de repintura automotiva não há entrave para
crescimento, ou seja, a frota continua crescendo e o consumo
continuahavendo, frutodomercadode reparaçãoautomotiva.
RevistaPaint&Pintura:Quaisosfatoresquepodem
favorecer o crescimento do setor nos próximos
anos?
Francisco Rácz:
O fator básicode crescimentodomercado
de tintas é o poder de consumo da classe média, que segue
crescente no Brasil, massa salarial crescente. O nossomodelo
desenvolvidopelaRácz,Yamaga&Associados,queacompanhou
ohistóricode tintas dos últimos 10 anos oumais, verificouque
o consumodomercadode tintas acompanhao crescimentoda
classemédia, edeve seguir assimpelospróximos anos. Háuma
pequena acomodação, fruto de um ajuste de estoques, mas a
nossaprojeçãoéqueoconsumoper capitacontinuecrescendo
nos próximos anos, segundo nossas projeções com produtos
da classemédia.
Em 2015, omercado deve retomar, pois não hámais estoques
a serem reduzidos, a indústria automobilística volta aos pata-
maresanterioresporqueosconsumidores institucionaisvoltam
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