Revista Paint & Pintura - Edição 195 - page 22

entrevista
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| Paint&pintura |Dezembro2014
a comprar, e a indústria, que sofreu algumas quedas, também
é a primeira a sair da crise, se é que houve crise. No ano que
vem, omercadodeve crescer entre 2%e 2,5%no total de tintas.
RevistaPaint&Pintura:Quaisosfatoresquepodem
contribuir paraoaumentoda competitividadeno
setor?
Francisco Rácz:
Os fatores que fortalecem a posição
competitiva das empresas, no setor de consumo final, que são
as tintas de construção civil (imobiliária), sãoo fortalecimento
das marcas, que vem pela confiabilidade que o consumidor
estabelece com a marca, e preço competitivo, adequado à
qualidade. Basicamente, os fatores para esse segmento são o
fortalecimento das própriasmarcas e a expansão do consumo
foradoeixoSudeste - SãoPauloeRiode Janeiro. Prevemosum
crescimentonoNorteeNordesteaceleradamentemaiordoque
noSul, noconsumoper capitade tintas. JánoCentro-Oeste, em
2020, o consumo per capita deve atingir níveis parecidos com
o Estado de São Paulo, um crescimentomais acelerado, fruto
da economia regional.
Na área de tintas industriais, os fatores que ajudam a com-
petitividade do setor e fortalecem a posição competitiva das
empresasestãono foconaprodutividadedoconsumidorde tin-
tas. As indústrias precisamde ajudados produtores no sentido
demelhorar seus processos de pintura e a sua produtividade,
gerandoumaposição competitivamais fortepara as empresas
que se especializam em trabalho nesse fator.
Revista Paint & Pintura: Quais as consequências
do aumento das matérias-primas e de custos de
produção parao setor e, na suaopinião, quais os
caminhos para enfrentar essa situação?
Francisco Rácz:
De maneira geral, para 2015 não estamos
antevendo um aumento substancial de custo de matéria-
prima. O cenário internacional indica que o preço do petróleo
deve permanecer mais baixo; e a economia da China indica
que os preços de commodities devem se acomodar. Por isso,
no mercado interno haverá uma pressão de inflação e uma
acomodaçãoda taxadodólarparacima.Namédia, nãoachamos
que issovai alterar fundamentalmenteopreçodematéria-prima.
O preço do petróleo e commodities caindo, e o dólar subindo,
ou seja, um contrabalança ooutro.
Os custos internos de produção devem subir, e esses repasses
estão sendo feitos gradualmente, sendo assim, boa parte da
acomodação das margens de lucro foi feita
em2014; nãovemosdrásticasmudançaspara
2015 nessa área.
Revista Paint & Pintura: Quais os
segmentos de mercado que devem
evoluiremcrescimentonospróximos
anosequedevem favorecerosetor?
Francisco Rácz:
O que vemos é que o
mercado de tintas imobiliárias de 2015 a
2020 deve crescer seguindo o poder de
compra da classe média em níveis acima de
3% a 3,5%. Na área de repintura automotiva,
com crescimento da frota projetada de
quase 6% ao ano, o crescimento não segue
exatamente esse montante, por causa da
grande produtividade do uso de tintas nas
oficinasepor terumamudançade tecnologia;
além disso, uma frota mais nova requer
menos tinta para ser reparada. Com isso, o
crescimentoda repinturaautomotivadeveser
por voltade4% a4,5% ao ano, de 2015 a 2020.
No setorautomobilísticooriginal, consideran-
do que a capacidade de produção instalada
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