Revista Paint & Pintura - Edição 245

EMBALAGENS METÁLICAS 22 | PAINT&PINTURA Julho 2019 que não na própria construção e ainda há um fluxo maior de revalorização para reciclagem da embalagem”, explica Thais. Hoje, o Prolata justamente atua no fluxo das embalagens para que seja o mais transparente possível, garantindo a rastrea- bilidade no retorno, informa Thais. “A embalagem metálica tem uma cadeia muito melhor constituída no mundo inteiro, então de fato o metal, no caso do aço, pode ser um material de embalagem com um custo mais alto do que outros tipos de materiais, porém tem características únicas, que nenhum outro tipo de material possui, como, por exemplo, ser revalo- rizado para fabricação de qualquer tipo de aço, sem ter que separar os diversos tipos existentes. Já em materiais como o vidro é preciso separar por cor, sem contar que pode ter contaminantes, que são resíduos de colas e rótulos. No caso do aço, não existe esses contaminantes e não tem que fazer uma segregação por aplicação, ou seja, o material vai para a mesma cadeia de revalorização. Vale ressaltar que toda usina siderúrgica tem uma fábrica recicladora. A Gerdau, por exemplo, divulgou que 80% do aço que produz vem de fonte de sucata. Grande parte de todo o aço no mundo ainda está em utilização, portanto é um material que tem os conceitos de logística reversa e economia circular muito fortes, desde a sua origem. Temos essa facilidade da revalorização domaterial em qualquer fábrica siderúrgica para diversos tipos de aço.” A capilaridade da logística reversa do aço no pós-consumo já acontece no Brasil todo, afirma Thais. “Hoje, as maiores siderúrgicas são: Gerdau, maior produtora da América Latina, e a ArcelorMittal, maior recicladora de aço do país. A Gerdau consome emmédia 220mil toneladas de aço pós-consumo por mês, já a ArcelorMittal consome em média 300 mil toneladas de aço pós-consumo por mês. Com o Prolata, convertemos cerca de 400 mil toneladas de embalagem por ano. Dessa forma, só para se ter uma ideia, a Gerdau e a ArcelorMittal conseguem em apenas um mês absorver mais que 100% do volume total que temos de embalagens no Prolata. Outro dado interessante é que o mercado de sucata, hoje, consome em média 10milhões de toneladas ano, portanto é uma caracterís- tica que o aço tem que é muito peculiar e que nenhum outro material vai conseguir chegar nessa condição.” Omercado de tintas representa poucomais de 50% do volume de aço para embalagens no Brasil, segundo Thais. “Isso devido aos grandes benefícios da embalagem metálica, como maior tempo de vida na prateleira; a questão da inflamabilidade; maior empilhamento; não tem interferência de umidade e nem interação com o meio externo e interno, ou seja, é uma embalagem com barreira total contra a ação da luz, não afe- tando as cores e os pigmentos; tambémnão tem interferência no amassamento, devido possuir um revestimento elástico. É um tipo de embalagemque evoluiumuito em tecnologia e, por isso, está presente em todos os segmentos.” ASSOCIAÇÃO Atualmente, a Abeaço conta com 19 empresas associadas, não só fabricantes de latas, mas também fabricantes de matérias- -primas para a produção de latas. “Trabalhamos os comitês de ações e atividades dentro da nossa associação para omercado. Temos comitês de estudos estratégicos, comitês legislativos, é um trabalho bastante amplo, no qual concentramos as atividades da forma mais dinâmica possível para os nossos associados. Além disso, participamos ativamente junto ao Ministério Público”, informa Thais. Todas as ações da Abeaço ligadas ao meio ambiente estão concentradas no Prolata. “O Prolata está nas cinco regiões do país, evoluímos, crescemos e amadurecemos bastante com o programa. No ano passado, tivemos o termo assinado com o Ministério do Meio Ambiente e também firmamos um termo no Estado doMato Grosso do Sul, com a parceria entre o Ministério Público, Abeaço, Prolata e Abrafati. Além disso, firmamos um termo na Baixada Santista, em parceria entre Abeaço, Prolata, Abrafati e Artesp, que neste caso específico tem uma demanda maior para o varejo”, revela Thais. O Prolata, com o decorrer dos anos, evoluiu em três princi- Thais Fagury, presidente da Abeaço

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