Revista Paint & Pintura - Edição 266

BIOCIDAS 62 | PAINT&PINTURA neste patamar de crescimento, pois a busca por produtos com este apelo é cada vez maior pelo mercado em geral. É certo que, a gangorra econômica em que vivemos, limita qualquer projeção mais assertiva, mas estamos otimistas com as perspectivas”, anuncia Fábio Santos, químico do laboratório da Adexim-Comexim. Para Leonardo Pinto, da Lanxess/Ipel, o primeiro semestre de 2021 foi muito desafiador. “Enfrentamos problemas de escassez de matérias-primas, logísticos e de falta de embalagens, entretanto, tudo foi enfrentado sem impactar o fornecimento e disponibilidade aos nossos clientes. Apesar das dificuldades, o mercado reagiu bem apresentando continuidade na demanda já vista em 2020. De maneira geral, toda a cadeia de produtos químicos está passando por um período complexo, seja pela escas- sez de matérias, preços elevados e pela dificuldade logística. O cenário ainda permanece desafiador e as perspectivas indicamquedeve seguir dessa forma nos próximos meses. Apesar disso, nossa área de suprimentos temse desdobrado para garantir as cadeias abastecidas, o que temos conseguido até aqui.” Rosana, da Lonza, afirma que o primeiro semestre desse ano trouxe excelentes resultados, bastante impulsionados pela indústria da construção. “A pandemia trouxe a necessidade de mudança e busca pelo bem estar, então as pessoas decidiram reformar seus lares, mudar de um apartamento para uma casa buscando mais espaço, ou ainda saindo do aluguel e adquirindo a casa própria. Tudo isso contribuiu para o aumento do consumo de tintas e, por consequência, dos biocidas, o que nos leva a manter o otimismo para o restante do ano. Vale informar ainda que não somente o mercado de biocidas, mas vários outros mercados sofrem com problemas de disponibilidade de matérias-primas e aumento de preços ocasionados pelo aumento no valor dos fretes, variação cambial etc.” Karina Zanetti, assistente técnica sênior da Miracema-Nuodex, avalia o mercado de biocidas com muitas oportunidades. “Osegmentode tintas sempredemostra muito interesse por inovação, soluções inteligentes e que possam agregar valor ao processo e produto final. Em decorrência disso, o primeiro semestre de 2021 foi muito bom. Os volumes retomaram os patamares planejados e novos projetos estão em andamento. No caso da nossa empresa, nomomento o que temos sentido são realmente os aumentos de preços dos insumos e lo- gística que tem impactado bastante nos custos finais dos biocidas, porém não temos sofrido com falta de insumos.” Natany Fernandes, gerente técnica da Thor, afirma que o ano de 2021 tem sido bastante desafiador no Brasil e nos países da América do Sul, não ape- nas no mercado de biocidas, mas em toda a área industrial. “Com a baixa do consumo de tintas e correlatos ainda sob efeito da pandemia do Covid-19, o mercado de biocidas, que atende uma ampla gama demateriais, de tintas à pro- dutos de beleza, tambémacabou sendo afetado. Além disso, os efeitos da crise econômica e política tem impacto neste segmento industrial dificultando a imple- mentação de produtos inovadores com benefícios nos produtos finais, no meio ambiente e aos produtores de tintas e vernizes. Entretanto, coma importância cada vez maior de produtos seguros mi- crobiologicamente, os biocidas também foram bastante requisitados e novos produtos com essa ênfase antimicro- biana foram lançados. Também tivemos a vigência das revisões das normas da ABNT relacionada ao ataque de fungos em superfície do filme, o que também impulsionou os fabricantes de tintas a buscar soluções mais eficientes para seus produtos.” Natany complementa ressaltandoqueno caso dos biocidas, não houve impacto de disponibilidade de matéria-prima em si, pois grande parte dos produtos de sua empresa são formulados com matérias- Antonio Matteucci, consultor técnico da Sumttex Natany Fernandes, gerente técnica da Thor

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