Revista Paint & Pintura - Edição 185 - page 67

Resinas Alquídicas
Paint&pintura | Jan/Fev 2014 | 67
corativo e demanutenção, existemdois cenários interessantes
para 2014. No decorativo, apesar de haver uma alta taxa de
produção cativa, há algumespaço para a inovação e produtos
especiais, fugindo um pouco das tradicionais modificações
simples apenas no tamanho de cadeia de óleo. Entretanto,
muitos dos projetos para 2014 já estão emandamento e, assim,
apesar de ainda haver uma expectativa de crescimento, uma
fração destemercado já cresceu o que deveria, para se prepa-
rar para os eventos deste ano e o ‘boom’ imobiliário pelo qual
passamos. Já na parte de manutenção, há uma expectativa
muito grande considerando-se a atenção ao setor de óleo e
gás e de maquinário, onde a demanda por desempenho tem
aumentado bastante, com testes de validação e homologação
cada vezmais agressivos. De qualquer forma a expectativa até
2016 em ambos os casos é muito boa”, prevê Vieira Jr.
Cenário atual e previsões
Omercado de resinas alquídicas passou por certas dificuldades
em 2013, por causa de alguns fatores que contribuíram com
um cenário, de certa forma, negativo. “Fomos fortemente
impactados pela valorização do dólar, uma vez que vendemos
em reais produtos combaixa rentabilidade, por fazeremparte
de um segmento de mercado commodities. Além de aumen-
tos desordenados ultrapassando a casa de dois dígitos, ainda
sofremos escassez, como, por exemplo, do breu, uma impor-
tante matéria-prima para a fabricação de resinas fenoladas
e maléicas. Uma combinação muito ruim para um ano com
retrações de vendas em alguns segmentos, como imobiliário
e industrial”, informa Cássia Pereira, gerente comercial da
Iguatu / AkzoNobel.
Para 2014, Cássia esti-
ma um ano turbulen-
to no que compreen-
de uma linearidade
nos comportamentos
de compra. “Preve-
mos um primeiro tri-
mestre bem retraído
pelos altos índices de
inventários no Bra-
sil, somados a níveis
de endividamentos
consideráveis, com
uma recuperação no
segundo trimestre
provido pelos térmi-
nos de obras para a recepção da Copa do Mundo; e um
segundo semestre com crescimento conservador, na
ordem de 2%, justamente pelas rupturas que teremos no
calendário e os impactos negativos da retração orgânica
de mercado que se preveem de uma maneira geral.”
André Luiz de Oliveira, gerente de desenvolvimento de
mercado e assistência técnica da Reichhold, tambémcon-
firma a falta de algumas matérias-primas em 2013, fazen-
do o custo das mesmas aumentaremde forma agressiva.
“Alémdisso, tivemos a variação do dólar, que influenciou
nas matérias-primas dolarizadas. Assim, as previsões e
planejamentos foram bem afetados. Para este ano, a
Reichhold estabelece sua estratégia de acordo com as
expectativas de mercado; há uma forte tendência de
que a Copa do Mundo e as eleições trarão momentos de
maior consumo ou investimentos aomercado de tintas e
vernizes. Por isso, estamos nos preparando para fornecer
novos e atuais produtos para atender essa necessidade.”
Alémda variação cambial constante, Emerson Teixeira de
Freitas, supervisor de negócios da Águia Química, relata
que também houve aumento de tarifas de importação
dos insumos. “Outro problema que omercado enfrentou
foi a falta de matérias-primas, como o breu, que teve es-
cassez de oferta pela baixa safra e exportação, elevando
o preço das resinas derivadas, como as alquídicas fenola-
das.” Ele ainda alerta que as expectativas para este ano
não serão muito boas. “Com o endividamento da classe
média, culminando agora com a elevação das taxas de
Emerson Teixeira de Freitas, supervisor de negócios da
Águia Química
Cássia Pereira, gerente comercial da
Iguatu / AkzoNobel
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