Revista Paint & Pintura - Edição 197 - page 52

Dióxido de Titânio
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| Paint&pintura |Março2015
cenário que vem sendo apresentado por analistas
do mercado e pela nova equipe econômica do atual
governo, issodeveráse repetirnesteano, prevêCarlo
Piergallini,gerentedemarketingeserviços técnicosda
Cristal. “Paraenfrentaressasituaçãoem2015, aCristal
investiu fortemente em capital humano com renova-
ção e aumento da equipe comercial para aumentar
nossa presença nos clientes e alcançar os objetivos
de crescimentopara este ano. Também aumentamos
aofertadosnossosprodutosdeoutrasorigens, tanto
diretamente como em conjunto com os nossos dis-
tribuidores, visando atingir nacionalmente todos os
produtores de tintas dopaís.”
Com relação às dificuldades encontradas, a Cristal,
como único produtor brasileiro, é prejudicada com a
redução da alíquota de importação quando volumes
pré-fixados para uso da alíquota provocam corrida
às importações, desorganizando a evolução normal
de vendas e dificultando a colocação nomercado da
produção brasileira, informa Piergallini. “A produção
dedióxidode titânionoBrasil sofrecoma faltade iso-
nomiano tratamento tributário, trabalhista, nosaltos
custos de energia, no custo de capital, nas questões
ambientais, nocâmbio, equandocomparadaaprodu-
toresdoexteriornoscolocaemdesvantagem.É impor-
tante considerar que os governos dos demais países
produtoresdeTiO2mantêmem seuspaíses alíquotas
de importação
para o dióxido
de titânio como
ferramenta para
proteção de sua
indústria, prática
normal e de inte-
resse na prote-
çãodeempregos
e tecnologia. O
governo precisa
considerar que
essas medidas
podembeneficiar
um determinado
grupo econômi-
co no curto pra-
zo, porém a médio e
longoprazoopaíspa-
gará mais caro pelos
produtos que serão
substituídos”, alerta.
Eficácia
O dióxido de titânio
ainda não tem um
substitutoeéoprodu-
tomais eficientepara
brancuraeopacidade,
segundoPiergallini,da
Cristal. “Éopigmento
brancoporexcelência
e a sua substituição é
difícil, a não ser que
o formulador aceite correr o risco de reduzir também a
qualidadedosprodutos. Por isso, énecessáriodemonstrar
constantementesuaeficáciacomopigmentobrancodealta
coberturaquandocomparadoàsopções técnicasdisponibi-
lizadas paraomercadode tintas. Apráticada substituição
de dióxido de titânio se deu fortemente entre 2011 a 2013
pelas indústrias queutilizam TiO2 e, nomomento atual do
ciclo de preços, acreditamos que há empresas que estão
revendo seas substituições feitasnaqueleperíodoeconti-
nuam sendo economicamente viáveis, considerando seus
efeitos naqualidadedos produtos.”
A substituiçãodoTiO2por outrosprodutos temum limite,
eeste limiteéaqualidadedoproduto final, lembraRodrigo
Gabriel, diretor de desenvolvimento da CarbonoQuímica.
“O trabalho realizado pelas associações de classe de pro-
dutoresde tintas, fixandopadrõesdequalidade, édesuma
importânciaparaquenãovoltemosno tempoem relaçãoa
quesitosbásicosdeperformancedosprodutos.ACarbono
apoia tais iniciativase fazpartedosgruposde fornecedores
que trabalham junto ao setor.”
Para Camila, da Evonik, o mercado é dinâmico tanto no
desenvolvimento de produtos como na gama de aplica-
ções de cada insumo; eo surgimento, a substituiçãoou as
modificações realizadas emumproduto são resultados da
evolução do própriomercado, que buscamais qualidade,
commenor custo. “O dióxido de titânio tem um vasto rol
deaplicaçõesque são totalmenteatendidaspelas caracte-
RicardoCampos, diretordaCCQM
AlexandreCastroMonteiro, gerente
comercial daColormix
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