Revista Paint & Pintura - Edição 208 - page 20

ARTIGO
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| PAINT&PINTURA |Março2016
C
EXPORTAÇÃODE TINTAS É ESTRATEGICAMENTE
IMPORTANTE PARAABASE DA INDÚSTRIANOBRASIL
POR FRANCISCORÁCZEWASHINGTON
YAMAGA, DARÁCZ, YAMAGA&ASSOCIATES
onforme estimativas do Sitivesp, o setor de tintas em 2015
importouUS$ 305milhões, para poucomais de 57mil tone-
ladas. Nessemesmo ano, o setor de tintas exportou pouco
mais de US$ 170 milhões para 57 mil toneladas. Além do
contínuo desequilíbrio quantitativo em sua balança comercial, a
indústria de tintas importa produtos de valor agregadomais alto
doque exporta.
No retrospectohistóricodosúltimosquatroanos, substancialparte
das importações superaasexportaçõeseé impactadapelas tintas
gráficas importadas, contribuindo para o balanço desfavorável
da estatística em relação à exportação. As tintas de revenda e as
industriais, mais especificamente as tintas em pó, totalizam um
déficit de 12%.
Historicamente, as tintas têmpresençamultissegmentadaem itens
que sãodestinadosàexportação, comoautopeças, itensdemate-
riais de construção, e tudo que se destine à exportação. Todavia,
existem esforços na indústria de tintas para exportaçãode tintas
para países vizinhos na América do Sul ou para países onde os
nossoscustos sejamcompatíveispor acordoscomerciaisentrepa-
ísesou, em casosdedemandaespecífica,
dentrodeestratégiasde fornecimentoem
plataformas globais. Nessa perspectiva,
essas exportações representammenos
doque4%do faturamento total do setor.
Os ‘drivers’ que inspiram as iniciativas de
exportação de tintas são, na sua maior
parte, baseados em estratégias defensi-
vas, comoa formaçãode ‘hedge’ cambial,
e dependentes de acordos comerciais
regionais.
A indústria brasileira tem a capacidade
instalada, tecnologia e serviços compe-
tentes para formulação de iniciativas de
longo prazo dentro de estratégia global
de fornecimento tanto de tintas como
de seus insumos. E tem potencial para ir
à busca de mercados de valor agregado
mais alto.
A Embraer, uma das cinco principais fa-
bricantes de pequenos jatos do mundo,
está aumentando o volume de compras
de peças e componentes da cadeia aero-
náutica brasileira. Segundo o diretor de
fornecedoresdaEmbraer, CelsodeSouza
Siqueira Jr., a empresa compra, hoje, da
cadeia aeronáutica local, 64 mil “part
numbers” (itensdoavião)ou5milhõesde
peças por ano. Esse número é três vezes
maior do que o volume fornecido pela
cadeia há três anos. (Valor Econômico
09/12/2015).
A forte recuperação do crescimento da
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