Revista Paint & Pintura - Edição 208 - page 21

ARTIGO
PAINT&PINTURA |
Março2016 | 21
Embraer do Brasil,
deve aumentar a
demanda por tintas
e revestimentos de
aviação, emcontras-
te com outros seg-
mentoscom lentoou
nenhumcrescimento
no país (Charles W.
Thurston, LatinAme-
rica CW 13/11/ 2015).
A evolução da Em-
braer, além do im-
pacto no consumo
de tintas, é um tes-
temunho de que
sempre é possível
exportar produtos
de valor agregadomais elevado.
Em termos de América do Sul o crescimento e fortaleci-
mento da classemédia é a forçamotora do crescimento
contínuoda frotaveicularnaspróximasdécadasem todos
os países, e que deverá atingir a cifra de 170milhões de
veículos até 2030, excluídasmotocicletas. Opotencial do
mercado de repintura automotiva para a América do Sul
é claro e bem definido. O mercado fornecedor deverá
atingir suasmetas participando demaneira produtiva na
satisfação das complexas necessidades de sofisticação
em todaextensãodacadeia. (Rácz, Yamaga&Associates,
Paint & PinturaNov, 2015).
Participardomercadode repinturaautomotivanosoutros
países da América do Sul pode vir a ser uma medida
proativa para empresas brasileiras em busca de uma
proteção cambial (hedge “natural”) sempre que for
parte de uma estratégia estruturada de longo prazo.
Nesses termos pode-se observar que as empresas que
montaram estruturas a partir do Brasil nos países da
América do Sul têm um histórico de sucesso, indepen-
dentementede atitudes oportunistas em facede taxas
de câmbio favoráveis. As empresas que se estruturam
com subsidiárias ou parcerias duradouras têm tido re-
sultados contínuos de sucesso em termos de volumes
de vendas adicionais e anticíclicos namaioriadas vezes
comocomportamentodomercado internobrasileiro.
E, sobretudo, têm conseguido algum equilíbrio nas
contasexpostasemmoedasestrangeirasnacompras
de seus insumos.
Nessesexemplosespecíficos seobservouqueasem-
presas com sucesso dedicaram ummix de serviços/
produtos adaptados aos valores dos mercados de
outrospaíses, demonstrandoum comprometimento
com seus clientes e parceiros. A participação em
mercadosdeoutrospaíses com subsidiáriaspróprias
tem sidomais efetiva namedida em que a empresa
mantém seu controle sobre a comercialização de
seus produtos, responde mais rapidamente às ne-
cessidadesdomercadoe, sobretudo, temo controle
sobre seus preços de transferências (exportação) e
devendas local, otimizandoosbenefícios tributários
e cambiais.
Existemoutros cases de sucessodeempresas que, a
partirdoBrasil, se instalaramemmercadosdeoutros
países com subsidiárias comerciais ou mesmo de
manufatura total ouparcial (acabamento) emoutros
segmentos de tintas, também com valor agregado
mais elevado, não se aventurando apenas por condi-
ções de câmbio favoráveis.
Mas ainda há muito espaço para outras empresas
participarem dos mercados de exportação. Como já
afirmamos, a indústria brasileira tem competência
tecnológica para tanto, há apenas a necessidade de
buscar os mercados de maneira estruturada com
objetivos e foco definidos.
WashingtonYamaga, daRácz, Yamaga&Associates
FranciscoRácz, daRácz, Yamaga&
Associates
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